Iremos juntos, amado juntos
entrelaçadas as mãos crianças
caminhar sobre a memória do tempo,
para ver o crepúsculo longe, tão longe...
Iremos juntos, amado juntos
esquecidos das horas
revogados os remorsos, porque de mãos crianças
seremos também crianças fugitivas,
da noite de ausências
à procura de onde o sol morre tão bonito
e sorriremos, sorrisos de claridade
e correremos descalços, desnudando a infância
sem concessões ao tédio de agora
ou aos ruídos das multidões
seremos crianças sim...
crianças caminhando, correndo, amando
até lá perto onde o sol morre bonito
lá perto do crepúsculo definitivo
e total adquirido
para apagar nossa inteira submissão.