Certamente, se tudo isso para você é o limite, então o ciclo se fechou. Todas as alternativas estão esgotadas. As metáforas não dizem nada, apenas um mal estar foi o que restou. Não adiantaria meu desespero, o procurar desorientado por algum argumento, esquecido nos cantos da solidão. Meu último e inevitável abrigo, onde o arrefecer não se trata só de castigo, mas apenas mais uma etapa a ser cumprida, na contrapartida que a vida sempre oferece, e nunca é em vão. Agora, minha alma, acomodada em fava, de ti desprende-se ao sabor do vento. E se nessa hora ainda sonho, só se for por isso, não caio em lamento, porque não me cabe pensar antes do tempo, e o tempo é tudo o que preciso, para germinar em circunstâncias, e então ao primeiro cantar da primavera, deixar de ser quimera, transformando-me novamente em pura metáfora, voar! E alcançar mais uma vez teu coração.