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Ensaios-->TV Lumumba "debaterá" desarmamento -- 13/10/2005 - 15:24 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amigos,

Na próxima 2ª Feira, dia 17, às 22:30 h, a TV Lumumba de Paulo Markun apresentará em seu 'Foda ao Vivo', quero dizer, 'Roda Viva', um 'debate' sobre o referendo do desarmamento. Claro que não se tratará de um 'debate', porque aposto meu contra-cheque deste mês (talvez com aumento) que haverá, digamos, 4 convidados para falar a favor do desarmamento, contra no máximo 1 para falar contra o projeto lulano - como sempre costuma ocorrer nesse canal neo-soviético das esquerdas ferrabrasileiras.

Para os desavisados, esclareço que a TV Lumumba (*) é mais conhecida como TV Cultura de São Paulo. Chamo de Lumumba devido à ideologia esquerdizante que reina no onagro vermelho tupiniquim, que sempre enaltece bandidos como Prestes, Lamarca, Marighela e Apolônio, ao mesmo tempo em que sataniza presidentes competentes e sérios como Castello Branco e Emílio Garrastazu Médici, os melhores que tivemos depois de Juscelino.

Por que as esquerdas, em peso, querem aprovar o desarmamento? Simples: porque todos eles aprovam o projeto de Lula, que não é nada mais do colocar em andamento mais uma etapa do processo revolucionário do Partido da Trapaça (PT), o '10º mandamento' do Decálogo de Lênin. A estratégia do Foro de São Paulo, do qual o PT e as FARC, p. ex., são sócios, pretendem criar em nossa região uma União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas, tendo Cuba como modelo. A Venezuela do coronel-tiranete Hugo Chávez é o país que está mais adiantado nesse processo revolucionário. A Bolívia de Evo Morales será o próximo país a se alinhar com Cuba no “eixo do mal” latino, caso o “cacalero” vença as eleições para presidente.

As esquerdas, não tendo argumentos muito sólidos para defender a bandidagem que não será desarmada com o referendo, apelidaram a frente anti-desarmamentista de 'Bancada da Bala'. Ocorre que todos os pró-desarmamento não passam de inocentes úteis da “Bancada dos Bandidos”, pois o próprio ministro da Justiça disse em alto e bom som que o governo, com o referendo, não pretende desarmar os bandidos. Os bandidos da Feira do Rolo, em Ceilândia, DF, agradecem de coração... Aliás, a mesma bandidagem encabeça uma 'Frente do Sim', pelo desarmamento somente do cidadão comum pretendido com o projeto totalitário da Frente do Mensalão, que tem o Sr. Lula como presidente de honra.

Tempos atrás, na mesma TV Lumumba, no “Monólogo Brasil”, quero dizer, “Diálogo Brasil”, apresentado por Florestan Fernandes Jr. (sempre às quartas-feiras, às 22:30 h), o valente coronel-deputado Alberto Fraga (PFL/DF) enfrentou sozinho uma equipe de basquete soviético. O assunto era o mesmo que a TV Lumumba levará ao ar dia 17 – o desarmamento. Uma covardia, 4 contra 1, sem contar o apresentador, que também jogava no time adversário. Isso sempre ocorre na TV Lumumba de Markun e de Florestan: os esquerdosos levam um time inteiro para defender os seus pontos de vista, enquanto que convidam apenas 1 adversário para servir de saco de pancada da troupe marxista. Apesar da covardia vista naquele programa, o deputado Fraga saiu-se muito bem ao desmascarar algumas mentiras levantadas pelos canhotos.

Em tempo: dia 10, no programa do Markun, foi apresentado um “debate” sobre a transposição do Velho Chico. Os governadores “doadores” das águas do São Francisco são contra o projeto. Os governadores “receptores”, obviamente, são a favor. Onde ficou o altruísmo de nossos políticos?

Uma semana antes, dia 3, o tiranete Hugo Chávez rodou mais do que dervixe rodopiante na cadeira do “Foda ao Vivo”. Estava muito à vontade no programa. Primeiro, porque Lula tinha dito que a Venezuela tinha “democracia em excesso”. Segundo, porque a TV Lumumba, para fazer as perguntas a Chávez, escolheu seus jornalistas e “intelectuais” a dedo, todos eles famosos lambe-botas de tiranos como Fidel Castro, a exemplo de Fernando Morais e uma libélula da USP da qual não me recordo o nome. Até a pagodeira pedetista Beth Carvalho apareceu na telinha, não para fazer uma pergunta a Chávez, mas para elogiar o canal Tele Sul criado pelo Foro de São Paulo, com sede na Venezuela, que, segundo ela, passaria a ser uma importante fonte de difusão da cultura latino-americana. Ocorre que a Tele Sul não é nada mais do que a central de irradiação do projeto revolucionário em andamento, preconizado pelo Foro de São Paulo. Aliás, o canal já está sendo chamado de “Al Bolívar”, uma combinação de palavras que junta o herói preferido de Chávez, Simón Bolívar, com a rede pró-terrorista Al-Jazira.

Durante o programa, Chávez disse a que veio. Defendeu a compra de 100 mil fuzis da Rússia, para fazer frente ao “imperialismo” americano. Defendeu a criação do Banco Sul, que seria uma espécie de Banco Mundial da região. Defendeu também a criação da OTAS (Organização do Tratado do Atlântico Sul), que teria como membros países latino-americanos e africanos.

Ou seja, em tempos de plena globalização do planeta, quando a própria China comunista não quer ficar de fora, ainda temos que ouvir, com o apoio da TV Lumumba, um defensor de um sistema político que promoveu o maior assassinato na História universal. Em tempos de integração do maior número de países possível, o que mais se ouviu foi a idéia de isolamento do mundo capitalista, o único que até hoje deu certo. Em vez de pretender ser o último dos ricos, o que já seria ótimo, Chávez quer ser o primeiro dos pobres, dentro da mesma ótica vesga de Lula, que é contra a ALCA e prega apenas uma integração Sul-Sul, uma 'nova geografia política'. É triste ver um fóssil como Chávez ser endeusado pelas esquerdas brasileiras como um autêntico líder, quando não passa de um maldito clone de Fidel Castro.


(*) TV Lumumba – refere-se à Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL). Tinha sede em Moscou, URSS, e era um dos centros de doutrinação comunista mundial, ao lado de escolas similares então existentes na Bélgica (Centro Tricontinental) e na Tchecoslováquia. Através da União Internacional de Estudantes (UIE) era feito o envio de estudantes brasileiros à UAPPL. A seleção dos alunos brasileiros ficava a cargo do PCB e era confirmada com base nos registros da “Caderneta nº 6”, de Luiz Carlos Prestes, e pelos questionários apropriados, posteriormente apreendidos em várias organizações comunistas. Os custos – viagem, estada, estudos e seguro médico – eram inteiramente grátis. Por isso, “nas décadas de 60 e 70, o sonho de todo pai comunista de país do Terceiro Mundo era ter um filho estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou. (...) A universidade foi criada em 1960, por iniciativa do então dirigente soviético Nikita Kruschev. (...) Nos bons tempos, 65% dos 7.000 alunos eram estrangeiros”. (“Escola do capital”, in revista Veja, de 22 de janeiro de 1997, pg. 40-41). O empresário João Prestes, filho de Luís Carlos Prestes, formou-se em engenharia pela Lumumba na década de 1970, época em que havia cerca de 120 alunos brasileiros matriculados em Moscou.

“A partir de 1953, o Partido Comunista da União Soviética passou a ministrar cursos, em Moscou, a militantes do PCB. Cursos de treinamento militar e condicionamento político-ideológico. O último desses cursos foi em 1990, quatro anos após terem sido implantadas por Gorbachev as políticas de perestroika e glasnost. Cerca de 700 militantes foram treinados na Escola de Quadros, como era mais conhecido o Instituto de Marxismo-Leninismo do PC Soviético, e na Escola do Konsomol (Juventude do PCUS), em cursos cuja duração variava de 3 meses a 2 anos. Cerca de 1.300 outros brasileiros concluíram cursos superiores na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba e em outras universidades soviéticas, em cujo currículo sempre constou a matéria marxismo-leninismo. Até mesmo em cursos de balé. As matrículas na UAPPL sempre foram efetuadas através da Seção de Educação do Comitê Central do PCB e também através do Instituto Cultural Brasil-URSS, um apêndice do PCB. Algumas dessas pessoas, no regresso ao Brasil, passaram a trabalhar em empresas estatais e, pelo menos um, formado em Medicina, como Oficial das Forças Armadas, nos anos 80”. (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, 10/2/2003).

A UAPPL incluía ainda o ensino de armamentos e explosivos, atraindo pessoas do mundo inteiro, e era destinada a assessores de um programa comunista soviético de dominação mundial (globalização comunista). De volta a seus países, os “lumumbas” entravam clandestinamente nos sindicatos de trabalhadores, nos partidos políticos e até nos governos. A cada um destes correspondia uma missão específica nesse “estado-maior geral” de ofensiva mundial. Muitas dessas pessoas, particularmente as que penetravam em organizações de “massa”, obtinham partidários que desconheciam os vínculos dessas lideranças com o comunismo soviético.

Criada para doutrinar o Terceiro Mundo, hoje a Lumumba ensina cursos a cerca de 3.600 estudantes, 40% deles estrangeiros. “Resta desta Lumumba – alma mater do terrorista Carlos, o Chacal – o empoeirado Museu Patrice Lumumba, ao qual Yasser Arafat doou uma placa de metal com o mapa da sua Palestina ideal gravado” (Veja, art. cit.). Patrice Lumumba, líder do Congo, foi assassinado pelos belgas em 1961.


Um abração a todos,

Félix Maier
Da 'Bancada da Bala', contra a 'Bancada da Bola' - os que têm a bola (cabeça) oca.


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