Entre pensamentos mudos, no limiar do silêncio absoluto, vejo a noite semear o sereno no meu caminho. Aonde meus passos, sempre encontram o teu destino. Mesmo que eu não queira, esse sentido é um desafio, porque teus olhos são um abismo, e nesse caso eu nunca sei te dizer não. Não poderia fazer isso, por todos os momentos, por todos os tormentos e a quantidade de insanidade que nosso amor aspergiu, nas paredes do limite desse nosso caso. Quando os acontecimentos provocavam o cingir dos teus braços em pleno abraço e no meu rosto um rarefeito sorriso só se fazia em riso, para não ser hipótese e assim sugerir uma desilusão. Último intuito do meu querer, uma vez que, se eu pudesse até as nuvens moldaria só por você. Em anjos que pudessem entender, esse desejo, essa loucura, a clausura que se exime da solidão. Minha madrugada, que sempre pede para o seu rosto surgir, e enfim acabar com minha parte de escuridão.