GRANDES PENSAMENTOS(20)
FALAR DE SI PRÓPRIO
Como o perigo de desagradar provém principalmente da dificuldade em avaliar quais as coisas que se notam e quais as que não são notadas, pelo menos por prudência nunca deveria a gente falar de si mesmo, pois esse é um tema em que seguramente a nossa visão e a alheia não coincidem nunca.
(...) Ao mau costume de falar de si mesmo e dos próprios defeitos, cumpre acrescentar, como formando bloco com o mesmo, esse outro hábito de denunciar nos caracteres alheios defeitos análogos aos nossos. E constantemente estamos a falar nos referidos defeitos, como se fora uma espécie de rodeio para falar de nós mesmos, em que se juntam o prazer de confessar e o de absolvermo-nos.
(Marcel Proust, em 'À Sombra das Raparigas em Flor')
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