A CARNE POR UM FIO
Mais é tempestade
A rolar poesia em torrente
Suores daquela prosa teimosa
Que se enrosca nos pelos da gente
É sem demora encanto solene
Qual escultura que a palavra desperta
Na cama o pecado dormente
Morno em algum momento
Noutro muito quente
Porque insistente
Jamais frio
Miguel Eduardo Gonçalves |