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Ensaios-->Diário de um pseudônimo (047) (2005/02/14) -- 19/03/2006 - 13:17 (Penfield Espinosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diário de um pseudônimo (047) (2005/02/14)

Penfield Espinosa



14/02/2005

Li hoje um debate entre um escritor (Blake Morrison) e uma psicoterapeuta (Susie, ou Susan, Orbach) sobre a semelhança entre os dois tipos de trabalho. Em vez de debate, talvez fosse melhor pensar em entrevista simultânea, já que ambos se perguntavam e discordavam menos do que concordavam.

A 'debavista' aconteceu no suplemento literário do jornal britânico The Guardian, em http://www.guardian.co.uk/books/2005/feb/09/scienceandnature.sarahcrown .

Posso parecer pretensioso, mas antes de ler a entrevista já pensava que escrever tem mesmo algo de psicoterapêutico. Lembro de muitos escritores antigos (pelo menos mais antigos do que eu...) falando que escreviam para espantar fantasmas.

O escritor insistia que na literatura atual (que ele inclusive ensina), aspessoas são incentivadas a evitar o confessionalismo. Já falei disso muitas vezes aqui nestes modestos textos meus. Por isso me limitarei a lembrar Pound que dizia que um texto poético ou um texto literário (ele diferenciava prosa de poesia) começa como algo pessoal e vai sendo retrabalhado e transformado esteticamente até chegar a algo que não lembra mais o original. Lembro de Borges, criticando o Ulisses de Joyce, dizendo que tem pouco significativos, mas repetiivos pontos de contacto com a Ilíada.

Essas duas lembranças fazem um bom eco, ou melhor, uma boa harmonia com o que disse a psicanalista: para que a terapia seja eficaz o que importa não é tanto o confessionalismo, mas a possibilidade de dar uma forma muito clara ao sentimento mais perturbador ou significativo.

Ela insiste também que há uma estética no falar do paciente e do terapeuta.

Muito interessante...

S. Paulo, 14 de fevereiro de 2005


(Copyright © 2005-2009 Penfield da Costa Espinosa)
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