Não sei onde vi essa frase. Talvez nunca tenha lido, talvez seja um ditado de algum lugar por onde passei.
Mas o fato é que viajo muito a trabalho e às vezes sinto uma nostalgia do que não sei o que seja.
Quando era mais jovem, aproveitava o fato do consciente não viajar para deixar de lado minha crônica e implausível timidez -- sou baiano, porra!
Mas algumas vezes talvez a solidão ao final dos trabalhos, antes de pegar os ônibus para retornar para casa, pega forte e fico talvez triste, talvez vazio.
Não sei se procuro alguém, ou se fico triste por ser pessimista e achar que a comunicação humana não é possível.
Talvez tudo isso seja apenas uma desculpa para parecer interessante e ter o que escrever.
Pobres daqueles que escrevem diários: ter que transformar a si mesmos em personagens de ficção.