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Ensaios-->Não existe fundamentalismo islâmico -- 07/08/2006 - 11:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não existe fundamentalismo islâmico

Moshe Sharon (*)

http://www.betar.co.uk/articles/betar1072264293.php

O 'fundamentalismo' é um termo proveniente do coração da religião cristã. Significa fé que se obtém pela palavra da Bíblia. Ser um Cristão Fundamentalista, ou seguidor da Bíblia, não significa sair por aí assassinando pessoas. O fundamentalismo islâmico não existe tampouco. É só o Islã e ponto. Mas a pergunta que nos deveríamos fazer é como interpretamos o livro do Corão.

Vemos repentinamente que os mais importantes porta-vozes e intérpretes do Islã são políticos do Ocidente. Eles conhecem mais que todos os oradores das mesquitas, aqueles que promovem sermões horríveis contra tudo o que seja judeu ou cristão. Os políticos ocidentais identificam um islã bom e um islã mau, sabendo inclusive encontrar as diferenças existentes entre ambos. Mas existe um problema, nenhum destes intérpretes ocidentais sabe ler uma palavra em árabe.


O idioma do islã

Como se vê, muito é o que se esconde atrás da linguagem do politicamente correto. De fato, perdeu-se a verdade. Por exemplo, quando no ocidente falamos sobre o islã, tratamos de utilizar nosso idioma e aplicar nossa terminologia. Falamos do islã em termos de democracia, fundamentalismo, parlamentarismo e toda classe de termos tomados diretamente do nosso léxico. Meu professor, um dos principais orientalistas no mundo, diz que fazer isto equivale a um repórter tratando de escrever uma nota sobre uma partida de críquete usando termos do beisebol. Não se pode utilizar para uma cultura ou civilização a linguagem de outra. Para o islã, você tem que utilizar o idioma do Islã.


Princípios do islã

Permitam-me explicar os princípios que regem a religião do islã. É claro, todo muçulmano reconhece o fato de que há só um D-us.

Porém isto não é suficiente. Um muçulmano reconhece não só o fato de que há um D-us, como que Maomé é seu profeta. Sem estes fundamentos da religião, não se é muçulmano.

Ma acima de tudo, o islã é uma civilização. É uma religião que primeiro e antes de mais nada estabelece um sistema legal exclusivo que imerge indivíduos, sociedade e povos com regras de conduta. Se você é muçulmano então deve comportar-se segundo as regras do islã, as quais são estabelecidas no livro do Corão e diferem notavelmente dos ensinamentos contidos na Bíblia.


A Bíblia

Expliquemos as diferenças.

Do ponto de vista dos eruditos e estudiosos, a Bíblia relata o nascimento do espírito de uma nação em um longo período de tempo. Mas o mais importante ainda, a Bíblia conduz à salvação, e o faz de duas maneiras. O judaísmo conduz à salvação nacional — não somente a nação querendo ter um estado, porém uma nação desejosa de servir a D-us. Esta é a idéia que se encontra por trás do relato bíblico hebreu.

O Novo Testamento, que se nutre da Bíblia Hebraica, leva igualmente à salvação, porém pessoal. Logo, temos duas classificações de salvação, as quais com freqüência se unem ou se justapõem.

A palavra chave é salvação e isto significa que todo individuo é guardado por D-us. Mesmo quem o guia à salvação por meio de Sua palavra. É a idéia contida na Bíblia, seja nos refiramos ao Antigo ou o Novo Testamento. Todas as leis no texto bíblico, mesmo as menores, apontam na realidade para este fato da salvação.

Outro ponto sobressalente da Bíblia é a idéia de que o homem foi criado à imagem e semelhança de D-us. Isto intui que você não anda por aí destruindo a imagem Divina. Certamente, muitas pessoas tomam as regras da Bíblia para mudá-las por completo. A história é testemunha dos massacres feitos em nome de D-us e de Jesus. Não obstante, tanto o Judaísmo como a religião Cristã, falam de honrar a imagem de D-us e sobre a esperança da salvação, sendo estes seus dois fundamentos básicos.


A essência do islã

Vejamos agora a essência do Islã. O islã nasce com a idéia que deve governar o mundo. Estabeleçamos um contraste entre as três religiões. O Judaísmo fala da salvação de um povo — simplesmente, que ao final da história, quando o mundo for um melhor lugar para viver, Israel como nação habitará em sua própria terra, governada por seu próprio rei e servindo a Deus. Por seu lado o Cristianismo determina a idéia de que todos os habitantes do mundo podem salvar-se de seus pecados. O islã por sua vez fala sobre governar o mundo. Neste momento poderia fazer uma citação direta em árabe do que diz o islã, mas este não é o objetivo, assim que o farei em inglês, diz assim: 'Alá enviou Maomé com a religião verdadeira para governar sobre todas as religiões'.

A idéia, então, não é que todo o mundo se converta em muçulmano, mas que o mundo inteiro se submeta à autoridade e o domínio do islã.

No ano 634 d.e.C, ao estabelecer-se o império islâmico, em sete anos — 640 d.e.C — criou-se o centro do império. Fizeram-se leis e normas diretamente do Corão e da tradição atribuídas ao profeta Maomé, para criar um sistema jurídico ou legal. Tanto judeus como cristãos poderiam conviver sob o regime islâmico com a condição de cancelar um imposto comunitário e aceitar a superioridade islâmica. Obviamente, os

Judeus e cristãos sob o islã foram humilhados e continua sendo hoje assim.


Maomé sustenta que todo profeta bíblico é muçulmano

Maomé reconheceu a existência, antes dele, dos profetas da Bíblia. Entretanto, também disse Maomé que todos estes profetas eram muçulmanos. Abrahão era muçulmano. De fato, até mesmo Adão foi o primeiro deles. Igualmente Isaac, Jacob, David, Salomão, Moisés e Jesus foram muçulmanos e todos os seus escritos são similares ao Corão. Concluindo, devido ao fato que a totalidade de seus heróis foram muçulmanos a historia mundial é na realidade a história do islã.

Da mesma forma, os muçulmanos aceitaram o fato que os profetas bíblicos trazem consigo algum tipo de revelação. Segundo eles, Moisés, trouxe o Taurat, que equivale à Torá, e Jesus trouxe o Ingeel, que equivale ao Evangelho — e se conhece como Novo Testamento.

A Bíblia vs. o Corão. Então, por que a Bíblia não se parece em nada ao livro do Corão? Maomé explica que tanto judeus como cristãos falsificaram os livros. Se os judeus e cristãos não tivessem falsificado e mudado seus escritos, a Bíblia seria idêntica ao Corão. Entretanto, como os cristãos e judeus possuem algo da verdade e revelação, o islã concede não destruí-los (por ora) numa guerra.

Mas as leis islâmicas são muito claras — os judeus e os cristãos não têm direitos de existir independentemente. Podem viver sob a norma do islã que se lhes proporciona, submetendo-se às regras promulgadas especialmente para eles pelo mesmo islã.


O domínio islâmico e a jihad

O que acontece se os judeus ou os cristãos não desejam viver sob as regras do islã? Então, simplesmente o sistema islâmico tem que lutar contra eles. A esta luta se deu o nome de jihad. Jihad quer dizer guerra contra aqueles que não estão dispostos a aceitar o domínio superior islâmico. Sejam judeus, cristãos, politeístas ou de qualquer

religião. Isto é jihad. Como não temos tantos politeístas, ao menos no Oriente Médio — a guerra se centra principalmente nos judeus e cristãos.

Há pouco tempo, li um panfleto distribuído por Osama bin Laden. Nele se faz um chamado à jihad contra o principal líder do mundo cristão: os Estados Unidos. Não porque os norte-americanos sejam aliados de Israel, mas por ter manchado com seus sujos pés a terra sagrada da Arábia. Há americanos onde os não-cristãos não deveriam estar. No panfleto não se faz uma só referência a Israel. Só fala da profanação feita pelos Estados Unidos ao lugar do profeta Maomé.


As duas casas

O Corão percebe o mundo dividido em dois — uma parte, submetida no presente ao domínio do Islã e outra parte a submeter-se supostamente num futuro. No islã está muito clara a separação do planeta. Cada novo estudante do islamismo o sabe. O mundo é considerado Dar al-Islam (casa do islã) — ou seja, o lugar de onde o islã governa — e o resto do mundo se denomina Dar al-Harb — ou seja, casa da guerra. O islã não o chama 'casa dos não-muçulmanos', mas qualifica-o como 'casa da guerra'. É a casa da guerra a que será conquistada ao final dos tempos. O mundo continuará sendo casa da guerra até que se submeta ao total domínio e soberania do islã.

Assim diz a norma, mas por quê? Simplesmente, por que assim o declara Alá no Corão. Alá enviou seu profeta Maomé e a religião verdadeira para que a verdade triunfe e submeta o resto das demais religiões.


A lei islâmica

Dentro da visão do islã sobre este mundo existem igualmente estritas normas que regem a vida comum dos mesmos muçulmanos. Basicamente no islã não existem diferenças entre suas escolas legais.

Pode-se observar não obstante quatro correntes ou facções dentro do islamismo relativamente ao minucioso detalhe das leis. Em todo o mundo as nações islâmicas sempre favoreceram alguma destas escolas ou correntes.

A escola mais rigorosa das leis islâmicas se chama Hanbali, e sua origem provém principalmente da Arábia Saudita. Na escola Hanbali no há lugar para jogos nem coquetismo com as palavras. Se o Corão fala de guerra, então significa guerra simplesmente.

Por séculos o islã caracterizou-se por perspectivas e interpretações diferentes. Gente muito valiosa atraída pelos ensinamentos do islamismo quis entender as coisas de maneira diferente. Inclusive tentou-se extrair tradicionalismos da boca dos profetas com o objetivo de que mulheres e crianças não sofram ou morram em conseqüência da guerra. Existem assim mesmo tendências muito mais liberais, mas não devemos esquecer que a corrente Hanbali é a mais estrita sendo atualmente a escola que majoritariamente se encontra por trás dos atos terroristas no mundo. Podemos fazer referência a outras escolas de leis islâmicas, mas ao falar da luta contra os judeus ou os Estados Unidos, é sempre a escola de Hanbali a que se ressalta, segue e obedece.


Terras e islã

A civilização do islã criou uma importante e fundamental regra relacionada com a terra e é que nenhum território submetido ao domínio islâmico poderá alguma vez ser “desislamizado”. Se o inimigo (não-muçulmano) logra conquistar o território dominado antes pelo islã, este se considerará sempre propriedade do Islã.

Daí que cada vez que se faça referência ao conflito árabe-israelense, se escute a palavra — territórios, territórios e mais territórios. O conflito árabe-israelense encerra outros aspectos, mas o tema da terra é a chave.

O islamismo não só vê a civilização cristã como um adversário religioso, como a considera um tropeço, um muro de contenção, uma moléstia na conquista das metas e objetivos islâmicos. O propósito do islã é servir de força militar divina, ou seja, o exército de Alá, onde cada muçulmano se converte num soldado deste exército. O muçulmano que entrega sua vida lutando para disseminar e estender a cultura islâmica se constitui num shaheed (mártir) não importando a forma que morra, porque — e eis aqui o importante — se trata da guerra eterna entre duas civilizações. Logo, o conflito bélico nunca termina. É uma guerra que está ali porque Alá a traçou assim. O islã deve submeter, reinar e governar. O conflito bélico nunca tem fim.


Islã e paz

No islã a paz unicamente pode existir dentro do mesmo mundo islâmico; há paz só entre muçulmanos.

Para os chamados não-muçulmanos, ou seja, os inimigos do islã, só pode haver uma opção — um cessar-fogo até que o guerreiro de Alá obtenha maior poder. É uma guerra que continua até o final dos tempos. A paz só pode vir se o lado islâmico obtém a vitória. Nesta guerra as civilizações desfrutam somente de períodos de suspensão de fogo. A medida tem sua origem num importante precedente histórico, ao qual fez casualmente referência Yasser Arafat ao falar em Johanesburgo depois da assinatura dos Acordos de Oslo por Israel.

Permitam-me recordar-lhes que o documento de Oslo trata sobre a paz — se você o ler não acreditará! Pensará que está lendo algum relato de ficção-científica. Quer dizer, ao ler os Acordos de Oslo não poderá crer que o documento foi firmado pelos israelenses, gente tão versada e conhecedora da política e da civilização islâmica.

Semanas depois da assinatura dos Acordos de Oslo, Yasser Arafat falou numa mesquita em Johanesburgo pronunciando um discurso onde pedia desculpas: 'Vocês crêem que eu tenha assinado algo com os judeus, contrário ao que dizem as regras do nosso islã?' (a propósito, tenho uma copia gravada deste discurso de Arafat e o escutei de sua própria boca). E continua Arafat: 'Não é assim. Fiz exatamente o que o profeta Maomé fez'.

Qualquer coisa que se supõe tenha feito o profeta Maomé é um precedente. O que Arafat estava dizendo era: 'Recordem o relato de Hudaybiya'. Naquele lugar o profeta fez um acordo de paz por 10 anos com a tribo de Kuraish. Mas em dois anos Maomé treinou 10.000 soldados para marchar posteriormente sobre Meca, a cidade dos

Kuraishis. Obviamente, Maomé sempre tinha algum pretexto.

Assim, na jurisdição islâmica, há agora um precedente legal que permite estabelecer acordos de paz por um máximo de 10 anos. Mas a jihad (romper os acordos de 'paz') deve reativar-se no primeiro momento disponível.

Em Israel levou mais de 50 anos para que o seu povo entendesse que não se pode discutir sobre a paz (permanente) com os muçulmanos. No mundo ocidental levará outros 50 anos para compreender que hoje se encontra em estado de guerra com a pujante e forte civilização islâmica. Devemos entender de uma vez que ao discutir sobre guerra ou paz, no podemos enfocar o tema em termos belgas, franceses, ingleses ou alemães. Fala-se de guerra ou paz sempre em termos do islã.


O cessar-fogo como tática

O que faz com que o islã aceite ou não um cessar fogo? Na realidade uma só coisa — um inimigo demasiado duro e forte. O cessar de toda ação bélica constitui só uma medida tática.

às vezes, o islã terá que acordar um cessar das hostilidades em condições humilhantes, e isto está permitido porque Maomé também aceitou um cessar-fogo em condições parecidas. É o que Arafat expressou com tanta veemência em Johanesburgo.

Quando os políticos do ocidente escutam estas coisas rapidamente respondem: 'Do que me fala? Você vive na Idade Média. Você não entende os mecanismos modernos da política e da diplomacia'.

Mas quais mecanismos? Não há lugar para mecanismos políticos onde rege e age o poder. Ademais, quero dizer que — todavia não vimos o sangrento final. No momento que o poder radical muçulmano se aproprie e controle armas de destruição em massa — químicas, biológicas ou atômicas — estas serão empregadas. Não tenho a menor dúvida disso.

Agora que por fim sabemos que enfrentamos uma guerra e que o máximo que podemos obter dela são tréguas transitórias, devemos perguntar-nos qual é o maior componente no cessar-fogo árabe-israelense. E é que o lado islâmico é débil enquanto o outro lado é forte. Nos últimos 50 anos, desde o estabelecimento de seu Estado, as relações entre israelenses e o mundo árabe se basearam exclusivamente no poder dissuasivo.


Quando há islã, há guerra

O que temos hoje na Iugoslávia e em outros países é devido a que o islã logrou entrar nestes lugares. Aonde quer que se permita o acesso ao islã, haverá guerra. A guerra vem simplesmente como conseqüência da atitude própria da civilização islâmica. Por que são assassinados de forma selvagem os pobres das Filipinas? O que é que realmente ocorre entre o Paquistão e a Índia?


Infiltração islâmica

Outro aspecto adicional que devemos recordar. O mundo islâmico não só se manifesta abertamente mediante uma atitude bélica, como também batalha por infiltrar-se. Uma das coisas que o Ocidente não entende nem presta maior atenção é o fato do tremendo crescimento e desenvolvimento atual do poder islâmico dentro das sociedades ocidentais. O que aconteceu nos Estados Unidos e nas Torres Gêmeas há pouco não é algo que veio de fora, mas de dentro. E se os EUA não despertar, um dia destes os norte-americanos acordarão — no mesmo país — com uma guerra química ou provavelmente nuclear.


O final dos tempos

É relevante entender como cada civilização percebe o final dos tempos. Seja o Cristianismo ou o Judaísmo, sabemos exatamente a visão dos tempos do fim. No Judaísmo, é referida por Isaías — paz entre as nações, não só uma, mas todas as nações. As pessoas não terão necessidade de armas, a própria natureza sofrerá uma mudança — um belo fim dos dias e o reino de D-us governando sobre a terra. Paralelamente, o Cristianismo mostra no livro do Apocalipse o dia em que Satanás será destruído. Desaparecerá o poder das sombras e do mal. Esta é a visão cristã.

Vejamos como o islã concebe este tempo. Falo agora como historiador. Para o tempo final, o islã vê o mundo completamente muçulmano, sob domínio total islâmico. Vitória completa e final.

Não haverá cristãos, porque segundo as tradições islâmicas, os muçulmanos agora no inferno devem ser substituídos por outros, e os outros são os próprios cristãos.

Tampouco existirão judeus, porque antes da vinda do final dos tempos, estalará uma guerra contra os judeus onde todos serão destruídos. Citarei agora o enfoque da mesmíssima tradição islâmica, dos livros lidos pelas crianças muçulmanas nas escolas: Todos os judeus morrerão. Fugirão para esconder-se atrás das árvores e das pedras, e nesse Alá dará bocas às pedras e às árvores para expressarem: 'Oh, muçulmano, aproxima-te, aqui há um judeu atrás de mim, assassina-o'. Isto é fundamental no islã. Sem isso, o fim dos tempos não pode levar-se a cabo.


É possível pôr um fim a esta dança bélica?

A pergunta que em Israel nos fazemos é o que acontecerá com nosso país. Há possibilidades de terminar com esta dança bélica?

A resposta é: 'Não. Não, em um futuro imediato'. O que sim, podemos fazer é buscar a situação onde possamos conseguir relativa calma por alguns anos.

Para o islã, o estabelecimento do Estado de Israel reverteu a história do islamismo. Primeiramente, segundo o islã o território islâmico foi arrebatado pelos judeus aos muçulmanos. Agora sabemos que para o islã ceder um pequeno pedaço de terra nem sequer é aceitável. Assim, todo aquele que pensa que a cidade de Tel Aviv é um lugar seguro para viver comete um gravíssimo erro. Terras que alguma vez estiveram submetidas ao islã são agora território dos não-muçulmanos, ou infiéis. Infiéis, como os judeus, são independentes do domínio islâmico e conseguiram criar seu próprio estado independente. Para o islã isto constitui um anátema. E o que é pior, Israel, estado não-muçulmano, governa livremente sobre os muçulmanos. Para o islamismo isto é completamente inconcebível. O que crêem que a civilização ocidental deve manter-se unida precisam se apoiar mutuamente. Ainda que eu reconheça que não sei se isto será possível. Mesmo assim, é Israel quem se encontra na linha de frente da batalha na guerra entre as civilizações. Israel precisa do apoio de sua civilização irmã, necessita de ajuda da América do Norte e da Europa. Israel necessita da solidariedade de todo o mundo cristão. De uma coisa estou certo: O crente cristão pode ajudar e ver esta oportunidade como caminho da salvação.



(*) Moshe Sharon é professor de História Islâmica na Universidade Hebraica de Jerusalém. O texto é a aula magistral ministrada para entender os fundamentos do islã.


Tradução para o português de Szyja Lorber

***

Comentário:

Félix Maier

'Há dois tipos de muçulmanos: aqueles que promovem atentados terroristas; e os que aplaudem' (Anônimo).

O profundo artigo do Prof. Sharon só peca pelo título escolhido. Claro que o Islã é fundamentalista, na medida em que seus seguidores interpretam literalmente os 'fundamentos' da religião criada por Maomé. O Corão deverá sempre ser recitado em árabe, a língua dos anjos e de Alá. Uma tradução do Corão, para o islamita, não é mais o Corão verdadeiro.

Como para os muçulmanos a única salvação possível é através do Islã - e acreditam piamente nisso, como os cristãos acreditavam na Idade Média - não há, a rigor, espaço para a existência de outras religiões. O Corão diz textualmente que o 3º milênio será do Islã. Além disso, para o Islã, um território não-islâmico é um território a ser conquistado. Convém aqui lembrar as palavras de John Laffin no livro 'The Arab Mind':

'A lei islâmica não reconhece a possibilidade de paz com descrentes e infiéis. A parte do mundo não-muçulmano é conhecida na teologia islâmica como 'território de guerra'. A maior parte dos militantes muçulmanos acredita que a tarefa de Maomé não será bem-sucedida enquanto não-muçulmanos tiverem controle de qualquer parte do planeta'.

Ou seja, nosso planeta é um eterno palco de guerra, até que toda a população mundial seja islâmica.

No caso dos atentados em Madri, ocorridos em 11 de março de 2004, pode-se acrescentar um elemento islâmico adicional: o Naqba (holocausto), calamidade para o Islã, comparada a Azma, devido à perda da Andaluzia (Espanha) e da Palestina (Israel), além do fim do Califado otomano. Nada dói tanto a um islâmico como ter perdido um território, já que sua missão é conquistar todo o planeta. Os ataques em Madri tiveram um timing perfeito para o inesperado desenlace eleitoral na Espanha. O PSOE, cantando “hosanas” a Bin Laden, agradece até hoje pela inesperada conquista do poder.

Os eternos ataques do Hamás e do Hezbollah contra Israel explicam a 'Azma' islâmica, a não aceitação de que o 'sagrado solo islâmico' tenha sido reconquistado pelos judeus. Está escrito no Corão que 'um dia toda a Palestina será dos muçulmanos' (21: 106-113). Por isso, será efêmero qualquer plano de paz atual entre Israel e seus inimigos, o Hamás e o Hezbollah. Para os grupos terroristas, o lema é lutar até que Israel seja varrido do mapa.

'Fundamentalista' era também a Igreja Católica, quando tinha como objetivo tornar realidade as palavras de Cristo 'ide e ensinai a todos os povos da Terra'. Para isso, não mediu esforços e até promoveu ações criminosas, como a Inquisição. Isso acabou com o advento do Concílio Vaticano II e seu ecumenismo. Se por um lado a Igreja Católica se tornou mais tolerante com outras religiões, a verdade é que também cometeu um suicídio, na medida em que passou a considerar as outras religiões também como 'verdadeiras'. Teologicamente, só pode existir um tipo de salvação, para os cristãos. Se os cristãos acreditam na ressurreição de Cristo e no Juízo Final, como aceitar que outras religiões também sejam salvíficas? Afinal, quando se acredita em tudo é sinal de que não se acredita em mais nada. É o que ocorre atualmente, com seitas criadas ao gosto de cada um, uma salada tutti frutti de vários paladares, com grande influência oriental, especialmente a budista.

'Fundamentalista' era também o marxismo-leninismo imposto na União Soviética, que tinha como objetivo final comunizar todo o planeta. O Movimento Comunista Internacional tinha esse objetivo. O 'ouro de Moscou' foi distribuído fartamente mundo afora, inclusive para a UNE de José Serra e para o candidato a presidente pelo antigo PCB, Roberto Freire, em 1989. Hoje existe uma vertente da peste vermelha, também chamada de 'marxismo cultural', que inferniza a vida de todo o planeta, visível no modo 'politicamente correto' de pensar de esquerdosos brasileiros como Emir Sader e Marilena Chauí, viúvas de Stalin e até hoje capachos de Fidel Castro.

Para mais informações sobre o fundamentalismo islâmico, acesse, de minha autoria, 'Fundamentalismo islâmico' (http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=3739&cat=Ensaios&vinda=S), 'Sionismo e resistência palestina' (http://www.digestivocultural.com/colunistas/imprimir.asp?codigo=808), 'O capeta fugiu do inferno' (http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/03/276500.shtml) e 'Internacional islamita do terror' (http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=29961&cat=Artigos&vinda=S).








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