Usina de Letras
Usina de Letras
80 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62650 )
Cartas ( 21339)
Contos (13284)
Cordel (10460)
Crônicas (22555)
Discursos (3245)
Ensaios - (10512)
Erótico (13584)
Frases (51006)
Humor (20097)
Infantil (5526)
Infanto Juvenil (4847)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (141018)
Redação (3335)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6278)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->A socialização da América Latina -- 13/09/2006 - 12:32 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem dá mais?

por Graça Salgueiro (*) em 12 de setembro de 2006

Resumo: O que a maioria insiste em não querer ver, é que o problema maior do Sr. Lula não é a falta de ética de seu governo mas as alianças que ele e sua equipe, sobretudo o Itamaraty, têm feito longe dos olhares do público sob a égide do Foro de São Paulo.

© 2006 MidiaSemMascara.org


A menos de um mês das eleições presidenciais os debates e as discussões se acirram pela Internet: alguns defendendo o candidato tucano, se aferrando a ele como “o único capaz de salvar o Brasil” deste mar de lama monumental em que se encontra o país, outros condenando o candidato-presidente Lula da Silva mas vendo-o apenas como o “chefe da quadrilha” e outros ainda, mais tontos ou idiotas úteis, acreditando na “coragem” e “meiguice” da candidata Heloísa Helena, talvez por ser a primeira mulher a ousar posto tão elevado.

Entretanto, o que a maioria insiste em não querer ver, menos ainda admitir como verdade, é que o problema maior do Sr. Lula não é a roubalheira e a falta de ética (que comunistas nunca tiveram, inclusive seu partido, o PT) que se instalaram em seu governo mas as alianças e apoios que ele e sua equipe, sobretudo o Itamaraty, têm feito longe dos olhares do público com governos comunistas sob a égide do Foro de São Paulo.

Em artigo anterior eu apontei as modificações que sofreu o Mercosul com o ingresso da Venezuela na entidade e os acordos comerciais feitos com Cuba comunista, transformando-o em uma sucursal do Foro de São Paulo. E se insisto neste tema é porque o assunto é gravíssimo e ninguém o aponta naquelas listas de “feitos” do governo, nem o candidato que se diz de oposição, Geraldo Alckmin (embora sua assessoria tenha em mãos farto material), tampouco a mídia fala no assunto dessa “entidade fantasma”, exceção feita unicamente ao filósofo Olavo de Carvalho e uns poucos articulistas do Mídia Sem Máscara e do jornal Inconfidência do grupo de mesmo nome.

Nos dias 17, 18 e 19 de agosto pp. o Grupo de Trabalho (GT) do Foro de São Paulo realizou mais um encontro, em Montevidéu, para fazer um “balanço dos governos de esquerda e progressistas” que foi organizado pela regional do Cone Sul, encabeçado pela coalizão de esquerda Frente Amplio, do Uruguai e pela Secretaria Executiva do Foro, desempenhada pelo PT. O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, é membro participante ativo deste GT e, portanto, debate, delibera em conjunto com os outros partidos-membros e assina as Atas e Documentos Finais, que é onde se estabelecem as diretrizes para o próximo Encontro anual do Foro de São Paulo.

Muito se falou da “fraqueza” do governo brasileiro que não soube se impor na questão da invasão do Exército boliviano às instalações da Petrobras na Bolívia mas é necessário se compreender que não houve fraqueza nenhuma e sim, uma obediência cega às deliberações do Foro de São Paulo. É imperativo salientar que nenhum desses países-membros defende a soberania do “Estado Nacional” mas a soberania do Foro de São Paulo, da “Pátria Grande” que fará da América Latina uma só e única nação comuno-socialista. É como se fosse uma grande família onde o irmão mais rico defende e auxilia o irmão mais pobre. E por pensarem assim, é que na Ata Final deste encontro do GT, destacou-se “o exemplo do Governo boliviano do presidente Evo Morales pela defesa soberana que realizou dos recursos naturais do seu país”, que foi assinada também pelo Secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar.

Em vista disso, torna-se mais fácil compreender a passividade com que o candidato-presidente Lula da Silva encarou esta afronta à nossa soberania (e que não resultou em ganho nenhum para a Bolívia que já enfrenta sérias dificuldades em sua economia, greves em vários setores e críticas acirradas da oposição), bem como a razão de vir fazendo tantas concessões à Venezuela do ditador Hugo Chávez, inclusive abrindo mão de concorrer à vaga de um assento no Conselho de Segurança da ONU em prol daquele país. Comunista não tem pátria mas partido, por isso não surpreende que o discurso de “defesa da soberania nacional” torne-se vazio nas bocas desta gente, pois eles não estão pensando como nós, na nossa Pátria, no Brasil.


Chavez com fuzil russo: armas para se tornar uma potência regional.

Outra questão que normalmente se tem feito a leitura errada é quanto ao poderio militar que a Venezuela tem hoje. Os opinólogos brasileiros, sobretudo os nacional-socialisteiros, acreditam piamente que “Chávez se arma contra o Brasil”. É preciso não ter a mais mínima informação (confiável) para crer em tamanha bobagem. É inegável que a Venezuela, hoje, com a compra à Rússia de 100.000 fuzis AK 103, 24 Sukoy Su 30, 15 helicópteros de última geração, além de navios e embarcações de guarda-costeira da Espanha, alcançou o primeiro lugar em matéria de defesa na América do Sul mas passa a anos-luz de distância de, com isso, estar se preparando para nos atacar. Seu alvo, para quem está a par do que se passa na Venezuela e no Foro de São Paulo, é um suposto “ataque” ou “invasão yankee”, para o qual já tem treinada toda a população, inclusive mulheres velhotas e gordas que não conseguem sequer segurar um fuzil desses.

A América Latina se arma contra o “Império” e, portanto, cada país equipa suas milícias como pode, num esforço combinado. No Brasil, como as Forças Armadas “ainda” não se venderam totalmente ao Partido-Estado como ocorre com as FAN venezuelanas, o governo as sucateia e humilha, enquanto abastece seu braço armado, o MST que, inclusive, há tempo vem sendo treinado em Cuba, na Venezuela e com as FARC (na Colômbia ou no Brasil). Com os petrodólares bolivarianos, Chávez ofereceu recentemente apoio à Bolívia comprando bonos desse país no valor de cem milhões de dólares para ajudar a cobrir o déficit orçamentário. Além disso, as Forças Armadas venezuelanas construirão um porto em Quijarro sobre o rio Paraguai, na fronteira com o Brasil e um “forte militar” na cidade de Riberalta. O porto custará 25 milhões de dólares e o forte outros 22 milhões. Chávez dará ainda “ajuda” na legislação militar, prevenção de conflitos, controle de armamento e desarmamento, gestão orçamentária, apoio à paz, busca, resgate, operações humanitárias e controle de substâncias químicas. O convênio prevê ainda assistência venezuelana na melhoria do material bélico das três Forças e a formação de um batalhão de engenheiros para a construção de estradas.

O presidente boliviano, o cocalero Evo Morales, não vê nisto “ingerência” ou “intromissão na segurança interna” de seu país, tampouco os zelosos nacionalisteiros e parlamentares comunistas brasileiros mas TODOS demonstram uma preocupação extremíssima com relação a um grupo de militares americanos que fazem treinamento no Paraguai, pedindo explicações ao ministério das Relações Exteriores sobre a posição do Brasil quanto ao risco de “instalações de bases militares americanas” naquele vizinho país.

Para o GT do Foro de São Paulo o novo “arco virtuoso” ainda não completou seu ciclo, pois a consolidação só se firmará com as reeleições de Lula e Chávez (que eles têm como certas) e com o regresso do terrorista sandinista Daniel Ortega à presidência da Nicarágua. E Chávez já tem planos, contando com a certeza desta vitória, de perpetuar-se indefinidamente no Poder, alegando que em 2010 fará um referendo popular que avalize sua reeleição contínua. Segundo ele, a partir do próximo mandato começa uma nova fase da Revolução Bolivariana, que transformará a Venezuela em uma “República Socialista Bolivariana”. É o sonho da ditadura castro-comunista tirando a máscara!

E se o respeitável público brasileiro continuar acreditando que o único problema do PT e seu candidato-presidente é a “corrupção”, se não abrir os olhos para o grande leilão que está sendo praticado por este Governo apátrida em prol de um Poder Totalitário Comunista em toda a América Latina, verá no próximo mandato o Brasil transformado na URSAL – União das Repúblicas Socialistas da América Latina, o sonho de Chávez, Lula, Fidel e do Foro de São Paulo.



Para maiores informações sobre o tema acesse a Editoria FORO DE SÃO PAULO


(*) Graça Salgueiro é jornalista independente, estudiosa do Foro de São Paulo e do regime castro-comunista e de seus avanços na América Latina, especialmente em Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil. É articulista do Mídia Sem Máscara, onde também colabora como tradutora e revisora, e proprietária do blog Notalatina.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui