As reações da opinião pública aos maiores escândalos políticos da história republicana moderna brasileira foram as mais variadas. Trouxeram de volta à cena um acalorado debate entre aqueles que apoiavam a estratégia populista do governo Luiz Inácio Lula da Silva e aqueles que buscaram defender os ideais de um Estado democrático de Direito.
Alinhado ao segundo grupo, o jornalista e cineasta Ipojuca Pontes reuniu artigos e ensaios, alguns inéditos e outros publicados entre 2002 e 2006, denunciando os desmandos do governo. O resultado é o livro “A Era Lula - Crônica de um desastre anunciado”, que será lançado no próximo dia 27 de outubro. Articulista do site DiegoCasagrande.com.br, Ipojuca faz um inventário crítico da atual administração a partir de erros históricos de governos totalitários que inspiram os petistas.
O livro, que tem prefácio do filósofo Olavo de Carvalho e capa ilustrada pelo desenhista Cássio Loredano, está dividido em cinco capítulos. Neles são dissecados temas como a ética, a política externa, a economia e a cultura do governo Lula.
Enquanto no capítulo “Lula e a marca totalitária” Ipojuca Pontes analisa as influências de Marx, Lênin, Fidel e Gramsci no modus operandi petista, em “Lula e os corruptos” o jornalista traz análises acerca dos escândalos sistemáticos que ocorreram ao longo dos últimos quatro anos. Lá estão presentes casos como o do mensalão, Waldomiro Diniz, a queda de José Dirceu, além de uma previsão sobre o que se deve aguardar das futuras relações de Lula com o recém-eleito senador Fernando Collor.
“Lula, o egocrata”, discorre sobre a insistência de Lula em – nas palavras de Ipojuca Pontes – se “travestir” de autoridade ao mesmo tempo em que diz não saber de nada. À política externa e à política cultural são reservados os capítulos, respectivamente, “Lula e o eixo do mal” e “Arte & Manha”, este último com uma referência toda especial à “alienação política de Chico Buarque”.
As 280 páginas de “A Era de Lula” desafiam as palavras de Fidel Castro, de que “é preciso criar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu”. Enquanto profundo conhecedor das teorias marxista-leninistas e nazi-fascistas, Ipojuca Pontes também busca apresentar àqueles que as desconhecem o porquê de repudiar tais influências almejadas pelo atual governo.