As falcatruas perpetradas pelo governo petista de Lula da Silva fazem lembrar as bonecas russas, as 'matriuskas'. Assim como você “abre” uma 'matriuska' e aparece outra boneca dentro, e outras bonecas vão aparecendo, sucessivamente, assim é o PT, que é acusado, sistematicamente, a cada semana, de cometer mais uma irregularidade. Acontece que as bonecas russas são, geralmente, em número de sete. Já as “bonecas petistas”, essas nunca acabam, chegam próximo a 200, somente no governo Lula. Embora ainda lidere as pesquisas eleitorais, Lula é o verdadeiro e único “Chefe do mensalão” (www.escandalodomensalao.com.br).
A antepenúltima “boneca petista” foi o caso da confecção de 5 milhões de exemplares de “cartilhas”, que apresentavam propaganda do governo. Ao custo de R$ 11 milhões, suspeita-se que o material sequer foi impresso. A penúltima “boneca petista” refere-se às negociações envolvendo um dossiê feito por Luiz Antônio Vedoin, o líder da “máfia das ambulâncias” ou “sanguessugas”, que tentou vender à imprensa por R$ 1,7 milhão, para incriminar José Serra, então líder nas pesquisas para governador em São Paulo e, também, por tabela, arrasar de vez com Geraldo Alckmin. A última “boneca petista” foi aberta por Diogo Mainardi em “Notícias da Itália”, revista Veja de 11/10/2006, pg. 115, que trata da denúncia de corrupção petista com a Telecom Italia. Hoje, quando a polícia prende uma gangue, há quase sempre um petista sendo indiciado: “Quando se vai ao submundo do crime, se encontra alguém do PT” (Geraldo Alckmin, in Correio Braziliense, 17/9/2006, pg. 8).
Dirá um socialista convicto, defensor do partido de Lula: “O PT, antes do governo Lula, era um partido ético, que se diferenciava dos demais”. Bobagem: muito antes de Lula assumir a presidência, prefeituras petistas já estavam envolvidas em escândalos diversos, denunciados por Paulo de Tarso Venceslau. Como ocorre sempre nesses casos, Paulo de Tarso foi expulso do PT e nada foi apurado. O mesmo ocorreu, p. ex., com os escândalos do bicho e do lixo, nos governos de Olívio Dutra e Marta Suplicy, quando mais uma vez as “vestais grávidas” do PT foram desmascaradas e ninguém foi punido.
Nunca houve no Brasil um homem tão poderoso quanto Lula. Nem os generais-presidentes pós-1964 ousaram tanto quanto Lula ousa. Lula é um homem tão poderoso quanto Mussolini, tem os sindicatos na mão, uma penca de partidos “orgânicos”, a TV Globo e o chargista Chico Caruso, a Igreja 'progressista', a CUT, a UNE, o MST, o PC do B e outras falanges totalitárias que lhe dão sustentação firme, de tal forma que, embora se denunciem casos de corrupção aos montes, em doses cavalares crescentes, Lula passa ao largo como se não tivesse nenhum tipo de responsabilidade pelas falcatruas cometidas por seus aliados políticos.
A recente “carta” de FHC ao povo brasileiro veio com três meses de atraso, disse Itamar Franco. Miriam Leitão disse que o atraso foi “culpa do carteiro”. Circula na internet uma piada que diz que a carta atrasou porque “o carteiro era petista”. Eu ouso dizer que o escrevinhador é também petista, na medida em que é o principal cabo eleitoral de Lula, pois não se empenhou na candidatura de Alckmin no primeiro turno. Aliás, nenhum cacique tucano apoiou Alckmin, que além de enfrentar três petistas no primeiro turno (Lula, Heloísa Helena e Cristóvam Buarque), teve ainda que engolir o derrotismo de Aécio Neves, José Serra e Tasso Jereissati.
Contrariando o tucanato de altas plumagens, Geraldo Alckmin conseguiu uma vaga no segundo turno. O debate na TV Bandeirantes, na noite de 8/10, mostrou um Alckmin muito superior a Lula, em todos os quesitos: apresentação pessoal, argumentação, refutação e até na retórica. Lula, o “bobó de quiabo” – tipo manhoso, escorregadio, que diz que não sabe nada do que ocorre em seu redor – foi várias vezes chamado de mentiroso e literalmente triturado pelo “picolé de chuchu”.
Outros debates virão na TV. Não sei como se comportarão os dois candidatos. Porém, eu tenho uma sugestão para a batalha final, dia 29 de outubro.
Dia 22 de outubro, uma réplica do 14-Bis, de Santos Dumont, voará na Esplanada dos Ministérios. A data foi antecipada para um domingo (o Dia do Aviador é dia 23), porque mais pessoas poderão participar do evento que comemora o centenário do vôo do mais pesado que o ar.
Como o Brasil está entrando num clima de campanha bastante “quente” neste segundo turno, sugiro que a disputa entre Lula e Alckmin seja feita de modo a reverenciar o Pai da Aviação, numa competição bem light.
Para tal, o TSE disponibilizará duas cópias do 14-Bis, construídas pelo Sr. Alan Calassa, aos dois candidatos. Cada um deverá dirigir o desengonçado aviãozinho na Esplanada dos Ministérios, dia 29, voando no mínimo 200 metros, a pelo menos 1 metro de altura. Quem cumprir a empreitada no menor tempo veste a faixa presidencial dia 1º de janeiro. Porém, a regra inclui algumas exigências:
Alckmin deverá levar a bordo do 14-Bis os 40 vestidos que Dona Lu ganhou de um estilista. Lula deverá levar a bordo os “40 ladrões” denunciados pelo Procurador-Geral da República. Ninguém poderá jogar fora o “lastro” durante o vôo. Será uma singular disputa da “Dalu” de Alckmin contra a “Daspu” (as meninas de Jeany Mary Corner) de Lula.
