Houvesse lâmpadas
Na escuridão tão ressentida
Decerto no horizonte não haveria
Nos corações crepúsculos
Nem nos corpos
Nem nas vozes
É por isso que nos tocam
Essas coisas etéreas, inexplicáveis
Como o frescor da terra úmida
E o dançar das árvores!
Belíssima composição teceste:
Inspirado no Poema “Alternativo” de Miguel E. Gonçalves
ALTERNATIVO
Quero uma poesia diferente
Sem inquietação de espécie alguma
Como um sorriso de repente
Ser o existir nada comum
Que nunca tenha sido de ninguém
Assim como a floresta virgem
Impenetrável pela densidade
Não condena e nada explica
Emociona simplesmente
Quando diz
Olha mas não mexe!
E como se a roçasse
Faz-me um pequenino sinal
E as folhas balançam um sim assim
Venha ver-me então meu querido!
_________________________________________
OPCIONAL
Não sei se meu sorriso é virgem
Nem o sinto mais
Envio sinais, de busca sem medo
Balanço folhas e pinto marcas
Faço existir trilha marcada
Tento em vão encontrar aquele sorriso
O mesmo que te emprestei um dia
E hoje tu o derrete para outros
Impenetrável densidade me acomete
Coisa que nada explica
Sofro, lanço desespero
Crio fogo e bebo suas chamas
Refaço-me sem pensar muito
E só por isso espero
Porque não há opção
Que tu venhas ver-me de novo...
Querida.
* Renato Baptista - Novembro 2006
* Renato Baptista reside em São Paulo, Capital.
Publicitário e Marketeiro, membro efetivo da AVBL,
Escreve Poesias e Crônicas.
SITE: WWW.POESIASEESCRITOS.COM