Os Norte-Americanos usam a expressão “do mundo” para colocar no pedestal mais alto certas pessoas ou coisas que pela sua grandeza mereçam lugar de destaque, chegando até ao contraditório de intitular um pequeno de seus municípios como a “maior cidade de pequeno porte do mundo”.
Nós, Brasileiros, não ficamos atrás, pois temos o maior atleta do mundo (Pelé), o maior cestinha do mundo (Oscar), o maior rio permanente do mundo (Amazonas - Amazonas), o maior rio seco do mundo (Jaguaribe – Ceará), o maior São João do mundo (Campina Grande – Paraíba ou Caruaru – Pernambuco, há controvérsias), o maior teatro ao ar livre do mundo (Nova Jerusalém – Pernambuco), o maior carnaval do mundo (Rio – Rio de Janeiro ou Salvador – Bahia, há controvérsias) e tantas outras coisas maiores do mundo.
Ontem, 22.07.2006, fui ao Maracanã do Samba, em Soure (PA), Ilha do Marajó, onde resido, assistir ao Brasilândia – O Calhambeque da Saudade, cuja aparelhagem de som foi alvo recente de destaque no Programa Central da Periferia, apresentado por Regina Casé, na Rede Globo de Televisão. Ali, diante de uma demonstração de grande alegria de todos, fui levado a refletir sobre saudosismo. A maioria das pessoas quando quer se referir a coisas boas do passado costuma ressalvar: “não é por que eu seja saudosista não, mas carnaval bom era no tempo das marchinhas e dos corsos pelas ruas das cidades, festa boa era com orquestra e muita valsa e bolero e outras coisas parecidas”. Embora pareça receio em assumir ter sido feliz, confirma o dito de Nelson Motta de que “a contemporaneidade tira a importância do fato”. Tenho saudade, sim, e muita, de tudo que bom vivi nestes cinqüenta e poucos anos e que, se beneficiado pela bondade de Deus, viveria mais outro meio século. O próprio Calhambeque da Saudade é uma saudade do calhambeque de Roberto Carlos dos anos sessenta, que por sua vez já era uma saudade do antigo calhambeque Ford de bigode dos anos 30. Quem não lembra que na música tem uma buzina bip, bip e outra já de sonoridade moderna? Acredito que era uma forma do Rei viver o novo agarrado no velho.
O Brasil e o Povo Brasileiro parece ter maior proteção Divina. Nosso território tem sido isento de grandes catástrofes (terremotos, furacões, tempestades, etc.) e nosso povo tem sido feliz vivenciando as boas e simples coisas do dia-a-dia, do jeito que Deus permite. Talvez seja por isso que insistimos em dizer que Deus é Brasileiro.
Portanto, se Deus é Brasileiro, com certeza o Brasil tem O Melhor Povo do Mundo.