Às vezes, penso se a palavra DEMOCRACIA realmente comporta tudo o que estamos 'assistindo' ao nosso redor, em nome da LIBERDADE.
Vejam vocês:digo 'assistindo', porque, não dá mais para ser ator, sem estar 'a favor de algúém' e 'contra alguém', numa militância de idéias contra idéias, que ferem como se as pessoas tivessem realmente armadas com armas letais.
Você procura um grupo qualquer: principalmente, político e religioso, pensando em manter um contato amigável, sem maiores compromissos a não ser a convivência pacífica para a manutenção da Civilização sem barbárie, sem violência, que ainda temos em nossas mãos.
Se o grupo que escolheu é político, e você não consegue expressar sua aversão às táticas escolhidas para 'combater' os adversários, lá vai você para um cantinho, solitário... lá para o 'quarto escuro', de onde não pode mais se comunicar com os outros membros, pois é combatido, também.
Se o grupo escolhido for religioso, você vai 'de cara', porque tem uma alma livre e ainda sadia de doutrinações. Então, leva um susto, quando tenta, simplesmente, esboçar uma intenção de não acompanhar a doutrinação, pois é logo 'descartado' isolado, e fica sem ação diante de uma 'liberdade' que parece pertencer somente àqueles que desejam, de uma ou de outra forma, dominar grupos e dirigir pessoas para fins nem sempre 'humanos'.
Quem conhece e valoriza a palavra LIBERDADE, acaba ficando quieto, só e isolado, perguntando-se a si mesmo onde vão parar estes falsos chamamentos que aproveitam-se da democracia, para implantar seus planos diabólicos e cheios de ódio.
Pois, depois de certas experiências junto aos 'seres humanos', acabamos descobrindo que não é somente a arma ou a bomba que matam, ferem e humilham: também a palavra, ou a falta dela, é capaz de matar, de destruir a alma e de abrir chagas que jamais poderão ser curadas.
Somos livres, LIVRES?
Ou precisamos escolher a quem matar, por primeiro, mesmo sem armas nas mãos?