O Memorial de Berlim que homenageava as centenas de vítimas do regime comunista foi demolido por ordem judicial. O terreno era particular e o dono o queria de volta. Na manhã desta terça-feira, um oficial de Justiça acompanhou a equipe de trabalhadores encarregada da demolição do Memorial do Muro.
Com caminhões, guindaste e até uma escavadeira, a equipe iniciou a retirada das 1.065 cruzes de madeira e também a derrubada de um trecho de 120 metros do Muro de Berlim, que havia sido reconstruído em um terreno bem perto do famoso Checkpoint Charlie, ex-posto fronteriço entre Leste e Oeste, por onde estrangeiros e diplomatas tinham que passar para poder entrar em Berlim Oriental.
E aquele trambolho para os judeus vítimas do nazismo? Continua firme e forte e ocupando milhares de metros quadrados, o governo alemão tinha a obrigação de fazer continuar o monumento ou muda-lo de lugar, ao menos, demoli-lo foi assasinar novamente as vítimas do comunismo, esquecer sua luta contra os comunistas sanguinários e ofender a todos que tinham cerceado o direito de ir e vir por aquele muro vermelho, aquela cortina de ferro, que aterrorisou gerações e marcou a História como um dos casos mais negros da História.