Escrevo enquanto alma, o verso.
Indo tão longe nestas andanças,
Que do ardor das lembranças, agora;
Só guardo comigo o que é eterno.
O calor do primeiro beijo.
O viço do derradeiro sorriso.
A intensidade do primeiro abraço.
O clamor da tua imagem,
Que se esvaiu nesta distância
Onde mora minha profunda saudade.
Então por ti escrevo...
Criando nos traços, caminhos.
Nos quais te procuro incessantemente.
Nestes; anseio casar meus pés nos teus passos.
E mais uma vez assim
Viver nossa paixão.
Então, assim escrevo...
Contudo nessa construção me perco.
Porque passei a ser o texto,
Vivendo-te eternamente através dos olhos,
Que por oportunidade, um dia,
Irão ler estes versos desconexos.
Escrevo: sim ainda e apesar de tudo.
Pois mesmo com toda injustiça e contratempo
Que possa existir na vida,
A você e por você, meu amor;
Assim escrevo.