Espionagem a crédito
Revista
Veja - 14/01/2009
Os bandidos não querem só seu dinheiro, seu carro e suas joias. Agora, eles também roubam sua privacidade e seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. E fazem isso com muita facilidade
Fábio Portela
Quanto custa violar os sigilos bancários, fiscais e telefônicos de um cidadão qualquer? No Brasil, os preços começam em 35 reais. Foi por esse valor que funcionários das empresas de telefonia venderam a privacidade de clientes em São Paulo. Por 800 reais, é possível levantar a movimentação bancária e a fatura do cartão de crédito das vítimas. Se barganhar, sai por 200. Por 1.500 reais, pode-se comprar uma declaração de imposto de renda extraída diretamente dos computadores da Receita Federal. Na semana passada, uma operação da polícia paulista e do Ministério Público revelou essas operações assustadoras. A investigação mostra que esse comércio é dominado por policiais corruptos e detetives particulares. Eles usam como comparsas empregados das telefônicas e funcionários dos bancos e das operadoras de cartão de crédito. As informações surrupiadas permitem que eles cometam outros tipos de crime. Extorsão, espionagem industrial, roubos, clonagem de cartões de crédito e outras fraudes financeiras estão entre os mais comuns. Ninguém está a salvo dessa gente. No rol de suas vítimas, misturam-se anônimos e ilustres, como o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, José Aníbal (SP).
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