Houve protestos nas ruas contra a postura de Wilders
O Site da Sacralidade conclui hoje a publicação da conferência realizada por Geert Wilders em Nova York em 25 de setembro de 2008.
Na terceira parte, Wilders comenta as reações que pipocaram na Europa e no mundo muçulmano depois que anunciou o projeto de realizar um filme polêmico.
Fitna é um pequeno filme de 17 minutos, que apresenta uma seleção de suras (capítulos) do Alcorão, intermeadas de clips e notícias de jornais mostrando ou descrevendo atos de violência cometidos por muçulmanos. Procura demonstrar que o Islã motiva seus seguidores a odiar tudo aquilo que viola o ensinamento islâmico e, consequentemente, encoraja atos de terrorismo, anti-semitismo, violência contra a mulher e contra os holandeses.
Na parte final, Wilders apresenta o papel de Israel como fronteira avançada do Ocidente em relação ao Islã. E propõe uma medida concreta para salvaguardar os interesses europeus e norte-americanos.
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ISRAEL, LINHA DE FRENTE DO OCIDENTE CONTRA A JIHAD *
GEERT WILDERS
O que acabamos de tratar nos conduz agora ao meu filme, Fitna. Sou um legislador e não um cineasta. Mas senti que teria a obrigação de educar a respeito do Islã. Teria o dever de esclarecer que o Alcorão está no âmago daquilo que alguns chamam de terrorismo, mas que na realidade é a jihad.[1] E de demonstrar que os problemas do Islã estão no cerne dele, não são coisas marginais.
Terceira parte: as reações muçulmanas ao filme Fitna
Desde o dia em que o meu projeto cinematográfico se tornou público, causou grande impacto na Holanda e em toda a Europa. Primeiro, houve uma tempestade política. Os líderes dos governos europeus entraram em completo estado de pânico. A Holanda foi posta em estado de alerta máximo, devido a possíveis ataques ou a uma rebelião de nossa população muçulmana. O ramo holandês da organização islâmica Hizb ut-Tahrir declarou que os Países Baixos mereciam ser atacados.
No plano internacional houve uma série de incidentes. O Talibã ameaçou organizar novos ataques às tropas holandesas no Afeganistão; um site da internet, ligado à Al Qaeda, publicou uma mensagem que afirmava que eu deveria ser morto; diversos muftis [2] no Oriente Médio declararam que eu seria o responsável por todo o derramamento de sangue depois que o filme fosse exibido.
No Afeganistão e Paquistão a bandeira holandesa foi queimada em diversas ocasiões. Bonecos que representavam a minha pessoa foram queimados. O presidente da Indonésia anunciou que eu nunca mais teria autorização para a entrada em seu país. O Secretário-geral da ONU e o da União Européia divulgaram covardes declarações, no mesmo sentido que as formuladas pelo governo holandês. Eu poderia prosseguir indefinidamente. Foi uma vergonha, uma capitulação.