Fazendo um balanço do que contem esses escritos, representando anos da minha vida, não sei dizer se o saldo é negativo ou positivo.Se negativo, mesmo assim tenho certeza de que não será tanto, pois se nenhum proveito terá para quem possa ler, representa, porém, o que eu sou, o que eu fiz, o que faço, o que senti e o que sinto. Observado por esse prisma, o saldo para mim é positivo.
Foram desabafos, foram verdades que vivi tudo que escrevi até hoje.
Fracos, literariamente, mas é a minha realidade.
São escritos que, ao ler, me transportarão a momentos alegres, felizes ou mesmo tristonhos; porém, meus momentos. Ninguém os sentirá tão preciosos como eu.
Comecei escrevendo e arquivando os meus textos com Vinícius , o poeta genial, e comemoro agora o meu primeiro ano de publicação dos textos em sites (sim, porque iniciei no site Usina de Letras em 17 de novembro de 2009, e posteriormente no Recanto das Letras) pretendendo continuar com a divulgação dos meus rabiscos.
De VINÍCIUS DE MORAES, usei como vértice:
“ Muitos dias se passaram
Muitos dias passarão
À noite segue-se o dia
E assim os dias se vão
Ah, vida feita de dar
A, sonhos sempre nascendo
Ah, sonhos sempre a acabar
Ah, sonhos, ah, desesperos
Ah, desespero de amar!”
O estímulo para escrever mais, guardando carinhosamente, mesmo os textos mais simples, vem com CLARICE LISPECTOR – do livro “PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM”:
“Verdade é que a qualidade de um acontecimento pode ser tal, que não se pode rememorá-lo falando. Nem pensando com palavras. Só parando um instante e sentindo de novo.”
Experimento esta sensação quando escrevo.
Dalva da Trindade S. Oliveira
(Dalva Trindade)
1971/Editado em 28.11.2010