Greve da PM, PT e ministérios
Lendo o jornal O Globo para decidir o tema deste comentário, passei por três matérias distintas, mas que podem muito bem ser interligadas. A primeira delas fala da greve da PM, das gravações que mostram políticos em busca de aproveitamento oportunista do caos para seus fins eleitoreiros. Uma deputada do PSOL incita a greve antes do carnaval, de olho das eleições. Um ato de terrorismo - colocar fogo em um ônibus - é ordenado pelo líder do motim na Bahia.
Não há muito mais o que falar sobre o assunto. A polícia não pode colocar a população como refém, e os líderes da greve devem ser punidos com rigor. E eis onde entra o PT na história.
Hoje no poder, a postura dos petistas, inclusive da presidente Dilma, mudou.
Quando era oposição, o PT adotava a postura que hoje pertence ao PSOL, de jogar lenha na fogueira, incitar o caos para colher os frutos eleitoreiros depois.
Ainda hoje, onde é oposição, como no município de São Paulo, o PT adota esta prática nefasta.
O mesmo vale para as privatizações. O PT sempre se colocou contrário à venda de estatais ou concessão de serviço público para o setor privado. Mas agora realiza uma enorme venda de aeroportos. A esquizofrenia não é aleatória. Como aponta Merval Pereira, ela tem método, é parte de uma estratégia de tomada do poder. Uma reportagem do jornal carioca lembra que o PT completa 32 anos, cheio de contradições. Contradição é a marca registrada deste partido, cujo único objetivo é ficar eternamente no poder, como seu ídolo cubano. A obsessão por controlar a imprensa ainda está bem viva dentro do PT.
Logo abaixo desta matéria, há outra mostrando que o PSDB enviou ao Planalto proposta para acabar com sete ministérios e cortar 20% dos comissionados (são mais de 20 mil atualmente).
Onde está a ligação?
Como já disse o empresário Jorge Gerdau, é impossível governar o país com quase 40 ministérios.
O governo gasta muito, e gasta muito mal.
Sem destinar tantos recursos para ONGs engajadas, invasores do MST, programas racialistas, e uma cambada de parasitas pendurados nas tetas estatais, sem dúvida sobraria muito mais para policiais e bombeiros.
Em outras palavras, se o governo não fosse um Leviatã que se mete em tudo e incha seu quadro de pessoal, ele teria melhores condições de focar em suas funções precípuas, tais como Justiça e segurança.
O problema é que reformar o estado desta maneira é tarefa hercúlea, pois existem inúmeros obstáculos, sendo o maior deles justamente esta postura demagógica que o PT, atualmente no governo, sempre soube explorar tão bem.
Eis a ligação: a greve da PM tem tudo a ver com o modo petista de ser.
Um atraso para o país!
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
10.02.2012
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