Usina de Letras
Usina de Letras
105 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62842 )
Cartas ( 21344)
Contos (13290)
Cordel (10349)
Crônicas (22569)
Discursos (3245)
Ensaios - (10544)
Erótico (13586)
Frases (51236)
Humor (20118)
Infantil (5546)
Infanto Juvenil (4876)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141108)
Redação (3342)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2440)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6305)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->Propaganda eleitoral em sala de aula -- 03/07/2012 - 10:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Escrito por Miguel Nagib 18 Junho 2012

Artigos - Educação

A doutrinação ideológica, como o vampirismo, se propaga por contágio: a vítima se transforma em agente-transmissor das mensagens que lhe foram inculcadas.

Quando o ex-presidente Lula compareceu ao programa do Ratinho para promover a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, os demais candidatos protestaram contra a violação escancarada ao calendário eleitoral. E com razão. Mas o fato é que episódios como esse são apenas a parte visível do imenso iceberg da propaganda eleitoral ilícita realizada pelo PT. O grosso dessa propaganda não aparece na tevê e não é captado pelo radar da Justiça Eleitoral.

Refiro-me ao trabalho de formiguinha gramsciana realizado todos os dias, ano após ano, à margem da lei, pelo exército de professores militantes ou simpatizantes dos partidos de esquerda - PT à frente - em milhares de salas de aula em todo o país. Para esses professores, não existe calendário eleitoral: toda hora é hora, todo dia é dia de falar de política e de enxovalhar os adversários do PT. No ambiente fechado das salas de aula, com o terreno devidamente preparado pela doutrinação ideológica, a propaganda eleitoral corre solta.

Os professores dizem que não se trata de doutrinação e propaganda, mas de "despertar a consciência crítica dos alunos", visando à "construção de uma sociedade mais justa". Mas isso é simplesmente mentira.

O que fazem os "despertadores de consciência crítica" é martelar ideias de esquerda na cabeça dos alunos. Como se sabe, a visão crítica dos estudantes é direcionada invariavelmente para os mesmos alvos: a civilização e os valores judaico-cristãos, a Igreja Católica, a "burguesia", a família tradicional, a propriedade privada, o capitalismo, o livre mercado, o agronegócio, o regime militar, os Estados Unidos. "Pensar criticamente", na concepção de tais professores - e, infelizmente, não se trata de uma minoria -, significa odiar tudo o que não se identifique com a mitologia, com os valores e com o discurso da esquerda.

Logo, só é possível "construir uma sociedade mais justa" seguindo o receituário e votando nos candidatos da esquerda.

Ninguém ignora esses fatos. Além do enorme volume de provas reunidas no site www.escolasempartido.org, a rea­­lidade de que ora se cuida é conhecida por experiência direta de todos os que passaram pelo sistema de ensino nos últimos 35 anos. A situação, entretanto, piorou formidavelmente na última década. Não só porque o petismo chegou ao poder (embora a máquina do ensino já estivesse aparelhada pela militância esquerdista muito antes do governo FHC), mas porque a doutrinação ideológica, como o vampirismo, se propaga por contágio: a vítima se transforma em agente-transmissor das mensagens que lhe foram inculcadas. Resultado: o número de "despertadores de consciência crítica" determinados a ensinar seus alunos a votar nos "políticos certos" aumenta a cada dia.

De tão generalizadas, a doutrinação e a propaganda política nas escolas já não escandalizam: de acordo com uma pesquisa do Instituto Sensus, 61% dos pais acham "normal" que os professores façam proselitismo ideológico em suas aulas. Resta saber se o Ministério Público - responsável pela defesa dos interesses das crianças e dos adolescentes e guardião do regime democrático - também acha "normal" essa prática que cerceia a liberdade de aprender dos estudantes e ameaça a liberdade política de milhões de futuros eleitores.

Miguel Nagib, advogado, é coordenador do site Escola sem Partido - www.escolasempartido.org

Publicado no jornal Gazeta do Povo.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui