MERCOSUL: A OPÇÃO PELO ATRASO
Maria Lucia Victor Barbosa
Terça feira, 07 de agosto de 2012
O impeachment de Fernando Lugo, irmão ideológico de Lula da Silva, levado a efeito pelo Congresso Nacional do país - conforme as regras constitucionais do Paraguai - motivou a ira de Dilma Rousseff que brandiu seu chicote autoritário contra o pequeno país. Com o firme apoio da Argentina e a vacilante concordância do Uruguai, a presidente brasileira pôs o Paraguai de castigo, como professora feroz e irredutível. Não o expulsou da escola latino-americana, mas suspendeu o aluno por mau comportamento democrático.
A questão democrática nesse episódio aparece como aberrante hipocrisia na medida em que, aproveitando-se da ausência paraguaia, Roussseff acolheu no MERCOSUL o despótico Hugo Chávez que, segundo Lula da Silva, "esbanja democracia". Vejamos sucintamente a democracia chavezista e seu "êxito" econômico:
Chávez tentou assumir o poder através de golpe e não conseguiu. Posteriormente eleito, fez uma Constituição à sua imagem e semelhança e vem se perpetuando no poder. O caudilho, inventor de um nebuloso ‘Socialismo do Século 21’, odeia a liberdade de pensamento e não admite opositores. Por conta disto é um implacável perseguidor da mídia que só pode noticiar a seu favor.
Como um Mussolini dos trópicos, o boina-vermelha criou milícias formadas por civis que atacam seus adversários e os impedem de realizar manifestações.
Chávez se relaciona com os piores tiranos mundiais, como o iraniano Mahmoud Ahmadinejad. É um adorador de Fidel Castro e de seu fracassado e sanguinário regime tropical-socialista. Apesar de negar, abriga as FARC com as previsíveis consequências da narcoguerrilha. Seguindo essa linha, que privilegia os terroristas, ele é antissemita e visceralmente contra os Estados Unidos.
Do ponto de vista econômico, o venezuelano mantém seu país como exportador de um produto único, o petróleo, enquanto falta alimento para a população. Aliás, faltam hospitais, as estradas estão em péssimo estado e a inflação corre solta. Sem produção além do petróleo, faltam empregos e aí entra o modelo Lula: as caridades oficiais que mantêm os pobres contentes e gratos ao salvador da pátria e sem necessidade de trabalhar, mas, sempre pobres.
Como seus compadres latino-americanos, Chávez não cumpre compromissos internacionais e é um contumaz nacionalizador de empresas estrangeiras.
Apesar de tudo isso, a fada madrinha de Chávez, Dilma Rousseff, fez um belo discurso para comemorar a entrada do novo sócio: "A presença da Venezuela no MERCOSUL amplia nossas capacidades internas, reforça nossos recursos e abre oportunidades para vários empreendimentos".
Provavelmente, como Lula que ‘nunca soube de nada’, a presidente ignora que Chávez não foi sequer capaz de pagar sua parte para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. E não é de se duvidar que o boquirroto dê também o calote na compra de aviões fabricados pela Embraer, que insinuou iria comprar.
Para piorar, o MERCOSUL vai adotar de vez a nacional lambança ou o ‘social-calhordismo’ com a entrada de mais dois ilustres bolivarianos: Evo Morales da Bolívia e Rafael Correa do Equador.
Se a Bolívia continua um dos países mais pobres do continente e o Equador teve 8% crescimento em 2011, seus respectivos presidentes seguem o padrão Chávez no quesito dor de cotovelo dos Estados Unidos, ímpetos nacionalisteiros, incompatibilidade com a liberdade de expressão e jamais poderiam ser chamados de democratas. Falta agora incluir Cuba no MERCOSUL em homenagem ao déspota do Caribe. Não houve convites ao Chile ou a Colômbia, pois esses países não fazem parte do time dos compadres do século 21.
Conclui-se, pois, que o MERCOSUL foi desfigurado e houve uma clara opção pelo atraso, cuja grande responsabilidade pode ser atribuída ao Brasil.
Como afirmou o diplomata José Botafogo Gonçalves em artigo no jornal O Estado de S. Paulo (2/8), com relação ao MERCOSUL: "não se pode mais falar de uma zona de livre comércio e de união aduaneira, que está no espírito da fundação do bloco, mas, sim, de um novo clube com objetivos políticos e econômicos que não valorizam o mercado, a livre circulação de mercadorias e serviços, a internacionalização das economias e a competitividade".
Portanto, caros compatriotas, deixemos de lado o futuro e voltemos à Idade de Pedra Lascada. Nada de oportunidades, de expansão, de democracia, de liberdade. Afundemos no terceiro-mundo que tanto amamos. Levemos adiante a inevitável tendência ao fracasso que escrevemos por nossa conta e risco em nossa história para depois, é claro, culparmos os Estados Unidos, o imperialismo, o capitalismo ou qualquer outro bode expiatório que tire de nossa responsabilidade as mazelas que nós mesmos provocamos.
Como afirmou Simón Bolívar, em 1830: "Se acontecesse que uma parte do mundo voltasse ao caos primitivo, isso seria a última metamorfose da América Latina". Em 2012 nada mudou.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com.br
Mensalão no STF: Faltam Lula, Lulinha e o BMG
Provas do envolvimento de Lula, Lulinha e o BMG no Mensalão:
O Chefe, de Ivo Patarra
Planalto fez gestão para poupar Lulinha
Lula, o BMG e o tenebroso decreto de sexta-feira, 13
Leia os textos de Félix Maier acessando os blogs e sites abaixo:
Mídia Sem Máscara
Tags
América Latina
Argentina
Bolívia
Brasil
Castro
Che Guevara
Chávez
Colômbia
Colômbia. Farc
Cuba
Dilma Rousseff
Direito
Estados Unidos
Europa
FARC
FHC
Farc
Fidel Castro
Folha de S. Paulo
Foro de S. Paulo
Foro de São Paulo
Hitler
Honduras
Hugo Chávez
Igreja Católica
Islamismo
Israel
Jihad
Lula
MST
Marx
O Estado de São Paulo
O Globo
ONU
Obama
Oriente Médio
Rede Globo
Venezuela
aborto
ahmadinejad
ambientalismo
antissemitismo
brasil
capitalismo
cinema
ciência
comunismo
conservadorismo
cristianismo
cultura
cultural
denúncia
desinformação
direito
ditadura
doutrinação
economia
editorial
educação
eleições
esquerdismo
globalismo
governo do PT
história
holocausto
homeschooling
ideologia
islamismo
liberalismo
marxismo
media watch
movimento gay
movimento revolucionário
nazismo
notícias falantes
notícias faltantes
oriente médio
perseguição anticristã
politicamente correto
racismo
religião
revolução
socialismo
terrorismo
tortura
totalitarismo
2012
|