É difícil prever qual será o futuro do Egito e de outros países da região que passaram pela primavera árabe. No entanto, pelo que se viu até agora, a tão esperada democracia à moda ocidental não ocorreu e simplesmente não vai florescer; pelo simples fato de que se trata de culturas completamente diferentes. O ocidente convive há séculos com um sistema, se não democrático como o atual, pelo mesmos com algum tipo de representatividade onde a população teve desde o começo a liberdade em escolher seus representantes. Nos países árabes e principalmente naqueles que passaram recentemente por protestos exigindo mais liberdade e democracia a experiência democrática é uma novidade com a qual a população ainda não sabem lidar. Aliás, a derrubada do presidente Mursi, o qual foi eleito democraticamente há um ano, logo após o fim da ditadura de Hosni Mubarak, é o maior exemplo disso. O mundo árabe tem uma realidade diferente da ocidental e portanto um conceito de democracia que não se assemelha ao que nós ocidentais entendemos por democracia, até porque lá o papel da religião é muito maior do que no ocidente. Na maioria dos países não há separação entre igreja e estado; e mesmo onde há essa separação a linha que os separa é tão frágil que fica difícil saber onde termina um e começa o outro. Portanto, haverá sim algum sinal de democracia nesses países, nuns mais e noutros menos, mas este estará muito aquém do que o ocidente espera.
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