LEGENDAS |
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Ensaios-->Águas da Jaguaruna -- 17/09/2013 - 05:16 (Brazílio) |
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Mesmo ao passante casual - e raro, por sinal - a cidadezícula da Onça muito coreto
bagonça: o que há de aguadas explícitas, manifestas, expressas ali daria pra matar
a sede do mundo. Senão das poucas e raras visitas, ao menos dos selenitas que
nas noites de luar não fazem outra coisa se não espiar - e cobiçar tudo o que sua
luz mortiça, que a volúpias atiça, argentear.
E no entanto, a vida ali naquelas bibocas, já foi dura para as poucas centenas de
habitantes que se aglomeravam à sombra plácida da matriz de Santa Ana e das
jaboticabeiras altaneiras.
O seleiro Velusiano, em seu quinto matrimônio - sucedente ao que consta e
contavam quatro viuvezes naturais - cercado de filhos, não podia viver só da
sela, arreios e quintais. E nem a derrama, ali, já havia mais, de tão exauridos que
andavam aqueles veios de um ouro que não mais afluía, a não ser pra mangar
daquelas redobradas cacundas rodopiando bateias infecundas.
Assim, se pode imaginar, pelos relatos doutrora, a despeito das águas, se hora não
era de a gente já frouxa pegar a trouxa e ir embora.
A menina Tininha é que contava do gosto ácido do café de fedegoso, ou do sebo -
que o pai Velusiano, orgulhoso, quando tomava emprestado alegava precisar pra lustrar a sela
- ir para logo na panela... |
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