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Ensaios-->Santo nome - em vão? -- 26/10/2013 - 07:43 (Brazílio) |
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...E o Santo Padre elevou mais 5 beatos à categoria de santos. Damien, um belga
que cuidava de leprosos na ilha de Molokai, e que até foi motivo de um filme, teve
agora o seu reconhecimento e correspondente upgrade na galeria hagiológica do
Vaticano.
Nenhum brasileiro entre os contemplados - desta vez. E de outras tantas, numa
evidência de que ser o maior país católico do planeta não importa necessariamente
em ter santos. Nosso até agora, só Frei Galvão, o das pílulas miraculosas. Verdade
que ele foi precedido por uma santa, de Santa Catarina, mas nascida na Itália. E
de cujo nome até me já esqueci. Ou me não ocorre neste momento. E quem sabe
até ela não teria requisitado o passaporte italiano, que lhe daria menos trabalho na
terra e no firmamento. Ou a própria Itália pode tê-la reivindicado. Não é pecado.
Tivemos um Santos, imaculado no uniforme, e divinamente preto no jogar, com o
Pelé a comandar. Proporcionou tantas alegrias ao nosso Brasil. E depois parece ter
tomado doril. Não foi de semelhante impacto o São Paulo que o substituiu.
Mas precisamos mesmo de santos, mesmo na Bahia, que reivindica ser de tantos?
O próprio Anchieta, que escreveu nas areias os belos poemas à Virgem, anda com
o processo de santificação encalacrado faz tempo. Sem melhor sorte anda o Padim
Ciço, e a igreja nem parece querer falar niço. Helder Câmara foi santo pra muitos,
mas um demo pro regime que tivemo, e num queremo. Acertemo?
A verdade contudo, penso eu, e proclamo, é que não precisamos de santos num
país onde qualquer um, e muito cidadão comum é sempre pego para Cristo. Demais
nosso mandatário, na sua postura e barbura divina e com seus mais de 80 por
cento de aceitação, não só parece, mas tem caboco até que lhe faz prece. |
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