Escrito por Diogo de Almeida Fontana
18 Janeiro 2014
Artigos - Cultura
“Any art contributes toward the realization of cosmopolis when it promotes reflection on the shortsightedness of merely practical, merely group, or merely national interests. It does so as well when it encourages our identification with others in the human drama not because they are our kin or belong to any specific nation, class, or race, but just because they are human”
Glenn Hughes, Transcendence and History
Em passeio pela América Central e Caribe, carreguei comigo “A Alma da Festa” (Realejo Livros, 2013), o novo romance de Alexandre Soares Silva, lançado em novembro passado.
Confesso que vinha enrolando a leitura, procrastinando, empurrando pra frente. Pensava: “Ok, o Alexandre escreve bem, é um blogueiro engraçado, sua imaginação é assombrosa... Mas um romance? Será que ele dá conta? Será que não vou me decepcionar? Será que não é apenas um livrinho divertido, um passatempo, um livro escrito por um Luis Fernando Veríssimo de direita?” Meu amigo Fausto Tiemann, que entende das coisas, já me alertara que não; dissera-me que o livro era bom, que o autor havia captado muito bem a mesquinharia da realidade brasileira presente, que valia a pena lê-lo. Mas eu não me convenci. Leviano, levei o livro como leitura de piscina.