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Cristina Kirchner em Moscou |
Os representantes do governo argentino, Agustín Rossi e Sergio Berni, assinaram em Moscou um leque de acordos de cooperação militar russo-argentina, informou o jornal Clarín, de Buenos Aires.
Nem mesmo durante a Guerra das Malvinas se tinha visto uma aproximação tão intensa.
Um dos convênios visa à realização, pela primeira vez na história, de exercícios militares conjuntos entre os exércitos russo e argentino. Outro convênio estabelece que os policiais de ambos os países trabalharão juntos na perseguição aos narcotraficantes.
A retórica nacionalista e bolivariana do governo Kirchner, que vinha afastando o país de uma cooperação intensa com os EUA nessas áreas, patenteia agora o destino final de sua mudança.
O ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi, também assinou com seu homólogo russo um acordo para a “proteção mútua da informação secreta gerada pela cooperação técnico-militar” entre os dois países.
O objetivo declarado desse acordo é facilitar “a produção conjunta de equipamentos de uso militar e a formação de especialistas na área tecnológica, a execução de trabalhos científicos de investigação e de desenho experimental”.
Rossi explicou que “serão criados grupos de trabalho para a realização de um intercâmbio de pessoal das Forças Armadas visando ao treino e à formação e participação conjunta em exercícios e manobras militares”.
A Rússia e a Argentina incrementarão consideravelmente a cooperação militar. |
A Marinha adquiriu quatro naves de patrulhamento para o Atlântico Sul e para assistência logística das bases na Antártida. 106 marinheiros argentinos serão treinados nos portos russos de Murmansk e Arcangel.
Sergio Berni, secretário de Segurança argentino, assinou outro convênio com Viktor Ivanov, chefe da agência antidrogas russa, para “reforçar o intercâmbio de informação criminosa das organizações e pessoas envolvidas no tráfico de estupefacientes”.
Enquanto os países que respeitam o Direito Internacional aplicam sanções à Rússia pela anexação ilegal e despótica da Crimeia, Cristina Kirchner condenou em Moscou ditas sanções econômicas contra os invasores russos.
Na verdade, após desmoralizar e desarmar as forças militares e policiais argentinas, o governo nacionalista as subordina às poderosas equivalentes russas, que anseiam por recuperar a “grandeza” da ex-URSS.
E transforma o país em vassalo de Moscou enquanto vitupera contra o ‘imperialismo’ americano.