Os muçulmanos não são marinheiros de primeira viagem
Segundo Roberto Navarro, a conquista da Península Ibérica "foi longa na duração e rápida na conquista. Os mouros precisaram de menos de uma década para dominar a região - que permaneceria sob seu controle durante quase oito séculos. A invasão começou em 711 e três anos depois já dominava a maior parte do território da península Ibérica, para terminar definitivamente apenas em 1492. O curioso é que essa ocupação foi incentivada pelo mesmo povo que habitava a região. Os visigodos, como eram chamados, tinham origem germânica, mas haviam se convertido ao cristianismo e viviam envolvidos em disputas internas. Por causa dessa rivalidade, uma facção de visigodos resolveu pedir ajuda ao líder árabe Musa ibn Nusayr, que dominava o norte da África. Musa não só atendeu ao pedido como aproveitou para tomar toda a península. Durante mais de 20 anos, o avanço mouro enfrentou pouca resistência e só foi barrado pelos francos, povo cristão que habitava o território francês, a menos de 300 quilômetros de onde hoje fica Paris.
A tentativa de dominar o resto da Europa foi detida, mas a ocupação da península Ibérica, não. Mas quem, afinal, eram os mouros? Tratava-se de um povo africano que vivia onde ficam hoje o Marrocos e a parte ocidental da Argélia. O termo vem do latim maures, que significa "negro", em referência à pele escura da população que havia sido dominada pelo Império Romano no século I a.C. No início do século VIII d.C., os mouros se converteram ao islamismo após o contato com árabes vindos do Oriente Médio para espalhar os mandamentos do profeta Maomé. A religião que os mouros levaram consigo ao invadir a península Ibérica contribuiria, porém, para sua expulsão da Europa. Foi o sentimento antimuçulmano que fez crescer, nos territórios cristãos ocupados, a resistência aos invasores a partir do século XI, principalmente no norte da Espanha. Ali ficava o reino de Castela, onde surgiu o líder militar El Cid, consagrado herói na luta pela libertação de seu povo."
Por incrível que possa parecer, os interesses ideológicos contraditórios dos europeus de hoje, sem lideranças capazes, e fomentados pelo assistencialismo da social-democracia e pelas panaceias da ONU, imitam as divisões havidas entre visigodos, permitindo a interferência da invasão muçulmana em suas instituições e culturas.
A História se repetirá, em nossos dias, com sua onda globalizadora, galvanizada pela existência de uma ONU, estranhamente alheia às ameaças da civilização e sempre dominada pelas mediocridades operacionais ?
Abraço, Jorge
Islam et christianisme: les impasses du dialogue interreligieux
http://www.lefigaro.fr/vox/religion/2016/01/22/31004-20160122ARTFIG00344-islam-et-christianisme-les-impasses-du-dialogue-interreligieux.php?m_i=9FE9zdBC6zq5hBvv3vlRR3ry1e89HC%2BruE%2B4D%2Blv76J_oN0TuZ2qctgsdoWh9BxsOY3538P%2B8lwsYPN5gMlXTatnfqVdXb4x9Qm2bM9f&a2=20160124144438&a3=763-6452294-885263
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