Movimento de Adrião Neto ganha corpo e pode mudar um dos símbolos do PI
(A.J.Barros, Portal Piauí Notícias, 25/10/2017)
O escritor piauiense Adrião Neto, natural de Luís Correia, tem liderado um movimento que ganha corpo e que em breve pode se transformar numa mudança em um dos símbolos do Estado do Piauí.
Segundo o escritor, que é membro da ALBEARTES (Academia de Letras e Belas Artes do Médio Parnaíba) e já tem mais de 10 livros publicados, o brasão do Piauí contém uma legenda em latim que poucos sabem pronunciar corretamente e somente os “latinistas” conseguem identificar o seu significado.
Adrião Neto sustenta que pesquisadores, ao analisarem a expressão “IMPAVIDUM FERIENT RUINAE”, concluíram que a mesma tem significados diversos tais como: “As ruínas feri-lo-ão impavido”; “Os fortes não temem a desgraça”; “Os corajosos jamais serão vencidos” e “O desafio não nos amedronta”.
Diz o escritor que, a não ser a frase “O desafio não nos amedronta”, as demais não tem qualquer relação com a história do Piauí. Por isto, já fez contato oficial com várias autoridades, no intuito de que esta inscrição “O DESAFIO NÃO NOS AMEDRONTA”, em português, seja consolidada e afixada no brasão estadual.
“A inscrição em português finaliza qualquer outro tipo de interpretação, além de se tornar muito mais acessível para a leitura da população em geral”, disse Adrião Neto, acrescentando que essa mudança tem o apoio de membros da ALBEARTES, da Academia de Letras de Campo Maior e da Academia Evangélica de Letras do Piauí.
Os fortes argumentos apresentados para a mudança no brasão estadual fizeram parte da justificativa para o necessário projeto de lei, que deverá ser apresentado à Assembleia Legislativa. Para tanto, os defensores da iniciativa pretendem encaminhar a documentação aos deputados, e confiam ganhar o apoio do Deputado Estadual Antônio Felix, de Campo Maior.
ADRIÃO NETO é dicionarista biográfico, historiador, poeta e romancista, com vários livros publicados. Autor da ideia da inclusão da data histórica da Batalha do Jenipapo na Bandeira do Piauí e da proposta para homenagear os vaqueiros e roceiros, com estátuas, no Monumento Nacional do Jenipapo.
É um dos escritores mais premiados do Estado. Sua produção literária tem como principal objetivo o estudo, a valorização e a divulgação do Piauí em todos os seus aspectos. Por conta de sua contribuição às causas sociais, intelectuais e culturais, por sua atuação como difusor, incentivador da arte e defensor da livre expressão através da cultura literária e, especialmente pela relevância de sua obra, foi merecedor de inúmeras honrarias, dentre as quais destacam-se, a “Comenda Heróis do Jenipapo”, outorgado pelo poder público municipal de Campo Maior; “Comenda da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí, concedida pelo governo do Estado e os títulos de “Personalidade Cultural do Século”, outorgado pela Academia de Letras da Região de Sete Cidades; “Doutor Honoris Causa em Filosofia Universal, Ph I, Filósofo Imortal” e “Comenda Nacional do Mérito Literário”, outorgados pela Academia de Letras do Brasil (Região Metropolitana de Campinas) e o “Diploma de Personalidade Cultural da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, concedido pela UBE/RJ .
Em relação a Floriano, além de ser membro da ALBEARTES, o escritor conta que, uma das suas principais obras, o romance “Ramon e Juliana”, que tem como principal protagonista uma florianense e que é ambientado em Floriano (cidade que no romance levou o nome fictício de Porto Belo).