Radicalização cumulativa
Por Félix Maier
A radicalização cumulativa é um processo sistêmico e sistemático da esquerda, para atingir o poder total.
Para isso, a esquerda se vale de todos os meios disponíveis, seja pela modificação paulatina dos costumes da sociedade, seja pela modificação das leis, que criminalizam até a liberdade de expressão, riscando do linguajar palavras julgadas “ofensivas” pela alta sensibilidade esquerdista.
Durante o Governo Lula, houve até uma cartilha sobre o assunto, “Politicamente Correto & Direitos Humanos” - cfr http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a_pdf_dht/cartilha_politicamente_correto.pdf
No Brasil, esse crescendo de radicalização cumulativa pode ser observado na linha do tempo: leis para beneficiar monetariamente familiares de “desaparecidos” políticos, um eufemismo para “terroristas mortos”, depois para beneficiar terroristas e simpatizantes da luta armada vivinhos da silva; aí aparecem os vários Planos Nacionais de Direitos Humanos, que visam principalmente atingir as Forças Armadas que combateram o terrorismo de esquerda; a agenda radical cumulativa continua com as várias expedições em busca dos “ossos de ouro” dos comunistas do PCdoB mortos na Guerrilha do Araguaia; e por fim desemboca na famigerada Comissão Nacional da Verdade, que glorificou os terroristas de esquerda e satanizou os antigos chefes militares, qualificando-os como “torturadores”.
O objetivo final desses radicais é anular a Lei da Anistia, para que agentes de Segurança que combateram os terroristas sejam processados e presos, como a tentativa armada ilegalmente contra o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e outros militares.
Mas não termina aí a radicalização esquerdista. Ela está em andamento, é permanente, até atingir todos seus objetivos.
Essa radicalização segue com a Lei Maria da Penha e o feminicídio, duas jabuticabas, porque as leis deveriam valer para todos (haveria “machocídio” nesse raciocínio?), e o entendimento do STF sobre “homofobia”, uma extrapolação de suas prerrogativas, pois cabe apenas ao Congresso Nacional criar leis.
A radicalização cumulativa se vale dos movimentos negro, feminista e gay, as tais “minorias” que já se tornaram maiorias absolutas na mídia, para criar conflitos e dividir o País, usando suas milícias reais e virtuais, como BLM, Antifas, Sleeping Giants, elevando artificialmente a voltagem, como visto no caso de João Alberto Silveira Freitas, que foi morto num supermercado de Porto Alegre depois de discutir com funcionários desse mercado e dar um soco na cara de um segurança; prontamente, a Mídia Antifa qualificou o episódio como “crime de racismo”.
No Governo Jair Bolsonaro, os partidos de esquerda correm toda hora para debaixo das togas dos ministros do STF, para barrar ações do Executivo Federal, e são prontamente atendidos, assim como a criminalização contra apoiadores de Bolsonaro, qualificados como “radicais de direita” que espalham “fake news”, muitos dos quais tiveram contas nas mídias sociais bloqueadas, foram presos e estão respondendo a processos na Justiça, por “atos antidemocráticos” - também com apoio total do STF aparelhado por tucanos e petistas (irmãos siameses), configurando verdadeiro golpe contra a democracia.
O STF, que deveria ser o feroz cão de guarda da Constituição Federal e das Leis, tornou-se fofinho cachorrinho de estimação da esquerda, que de fato governa o Brasil.
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Espiral do Silêncio
A Teoria da Espiral do Silêncio foi desenvolvida na Alemanha, na década de 1970, por Elisabeth Noelle-Neumann. “Trata-se de extinguir, na alma do inimigo, não só uma disposição guerreira, mas até sua vontade de argumentar em defesa própria, sem mero impulso de dizer umas tímidas palavrinhas contra o agressor.
A técnica foi experimentada pela primeira vez no século XVIII. Foi tão pesada a carga de invencionices, chacotas, lendas urbanas e arremedos de pesquisa histórico-filosófica que se jogou sobre a Igreja Católica que os padres e teólogos acabaram achando que não valia a pena defender uma instituição venerável contra alegações tão baixas e maliciosas. Resultado: perderam a briga...
Foi só quase um século depois desses acontecimentos que Alexis de Tocqueville descobriu por que a Igreja perdera uma guerra que tinha tudo para vencer. Deve-se a ele a primeira formulação da teoria da ‘espiral do silêncio’, que, em extensa pesquisa sobre o comportamento da opinião pública na Alemanha Elizabeth Noelle-Neumann veio a confirmar integralmente em “The Spiral of Silence: Public Opinion, Our Social Skin”. Calar-se ante o atacante desonesto é uma atitude tão suicida quanto tentar rebater suas acusações em termos ‘elevados’, conferindo-lhe uma dignidade que não tem. As duas coisas jogam você direto na voragem da ‘espiral do silêncio’. A Igreja do século XVIII cometeu esses dois erros, como a Igreja de hoje os está cometendo de novo” (CARVALHO, 2013: 416).
“Não há um só jornal ou grande revista, por exemplo, que gradue o destaque a denúncias de padres pedófilos pelo exame comparativo de casos similares em outros grupos sociais. Esse exame mostraria, acima de qualquer possibilidade de dúvida, que o número de delitos é muito, muito menor entre padres católicos do que em qualquer outra comunidade humana, embora o destaque dado na mídia a esses casos induza a população a crer o contrário. Em artigo recente, o sociólogo italiano Massimo Introvigne mostrou que, num período de várias décadas, apenas cem sacerdotes foram denunciados e condenados na Itália, enquanto 6 mil professores de educação física sofriam condenações pelo mesmo delito” (idem, pg. 424).
“Se uma opinião é vista como majoritária, os opinadores dela terão mais coragem em se manifestar. Por outro lado, os contrários a ela terão uma tendência a ficarem calados. O resultado é um clima de opinião determinado pela propaganda de que uma ou outra opinião é majoritária. Um dos fatores mais importantes, portanto, é a atenção dada pelas pessoas ao comportamento opinativo do entorno social” (Cristian Derosa, in “Como funciona a espiral do silêncio nas redes sociais” - Leia mais em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/como-funciona-espiral-do-silencio-nas.html).
O texto “Cem anos de pedofilia”, de Olavo de Carvalho, mostra como foi facilitado o ingresso de homossexuais nos seminários católicos dos EUA, comentando o livro de Michael S. Rose, “Goodbye, good men”, de modo que seminaristas heterossexuais fossem obrigados a submeter-se a condutas homossexuais - Cfr. em https://olavodecarvalho.org/cem-anos-de-pedofilia/.
É a satânica obra da esquerda, primeiro promove a pederastia nos seminários, para depois condená-la, de modo a tentar implodir a Igreja Católica.
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Sleeping Giants Brasil
Milícia digital esquerdista anônima, inspirada em similar norte-americano, faz campanha cerrada para que anunciantes deixem de apoiar empresas jornalísticas que disseminariam fake news. Na verdade, trata-se de boicotar anunciantes de sites de direita, sejam de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, como o Jornal da Cidade Online, sejam de críticos da esquerda, como a Gazeta do Povo.
Leia “Milícia anônima persegue anunciantes para tentar fechar a Gazeta do Povo” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/sleeping-giants-brasil-milicia-anonima.html e “Fiuza: Sleeping Giants é caso de polícia” em https://revistaoeste.com/fiuza-sleeping-giants-e-caso-de-policia/.
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Cultura do cancelamento
A cultura do cancelamento pode ser tanto de pessoas, que são “canceladas” nas redes sociais como Twitter e Facebook, por não sintonizarem, p. ex., a mesma ideologia de um influenciador digital ou de um cidadão comum, quanto de milícias digitais, como o Sleeping Giants Brasil, que promovem campanhas contra empresas jornalísticas consideras como sendo de direita, de modo que sejam fechadas (“canceladas”).
O Twitter “cancelou” definitivamente a conta do ex-presidente Donald Trump, fanfarrão inveterado, o que configura um ato totalitário, enquanto mantém a conta do ditador e assassino Nicolás Maduro.
Rodrigo Constantino e Olavo de Carvalho falam sobre o assunto em https://www.youtube.com/watch?v=1jJbuMOznpw.
BIBLIOGRAFIA:
CARVALHO, Olavo de. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Record, Rio, 2013.
TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América. Editora Itatiaia Limitada, Belo Horizonte, 1998 (Tradução e Notas de Neil Ribeiro da Silva).
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