Não é que eu queira ser indecente,
Não, isto até não é do meu feitio.;
Mas é que só a tua lembrança...
Assim tão de repente...
Foi justamente em tua indecência.
Não é culpa minha
Se o teu sorrir, olhar...
Teu rebolado, teu andar...
Tudo que se refere a você
Atiça a imaginação
Até dum pobre sacristão!
Olhar para teu corpo jovem e são...
É a mais pura tentação.;
Fica impossível de conter
O crescimento descontrolado
Do que o homem muito se envergonha
E prefere manter ocultado.
Não há porem muito que fazer.;
Pois é no pecado de teu corpo
Que ando louco a me perder...
E se por ventura não conseguir
Certamente irei de desgosto morrer...