A ESPOSA INSATISFEITA - PARTE I
Meu nome é Simone, tenho vinte e um anos, não sou muito alta, mas também não sou muito baixa, não sou nem magra nem gorda, minha pele é clara, tenho cabelos pretos e compridos, meus olhos são negros, tenho lábios um tanto carnudos, minhas mãos são bonitas por causa das unhas grandes, meus seios é que são um pouco pequenos -- na realidade não gosto muito deles --, minha barriga é um pouquinho saliente, mas não muito, e tenho pernas bonitas -- pelo menos é o que dizem. Na verdade, sou uma mulher cuja aparência não é nada de excepcional, mas mesmo assim eu me sobressaio no meio de muitas jovens da minha faixa etária.
Sou oriunda de uma família tradicional do interior paulista e para manter o status da família, me casei com o filho de outra importante família da região, os quais faz parte de nossas relações. Ele também não é um homem tão bonito assim, mas arrasta uma legião de admiradoras por onde passa, talvez mais pelas condições financeiras que pela beleza em si. Nos casamos mais por conveniência do que por amor propriamente dito. Ele por sua vez é um homem fiel, devido a rígida educação e os preceitos religiosos herdados de seus antepassados. Por isso freqüentamos a igreja de duas a três vezes por semana.
Poderíamos até ser um casal feliz se não fosse por um detalhe: sinto-me insatisfeita com o nosso relacionamento sexual. A verdade é que ele não me satisfaz. Não sei se é por inexperiência ou por pura questão de pudor, nossos encontros sexuais são quase banais. É como se ele fizesse isso por pura obrigação. Apenas me usa uma ou duas vezes por semana e quando tem o seu orgasmo vira para o lado e dorme, sem ao menos se preocupar se gostei ou se senti alguma coisa. E aí está a minha revolta.
Já tentei conversar com ele sobre isso, explicar-lhe a minha insatisfação e tudo o que se passa no meu íntimo.; todavia ele simplesmente me respondeu que isso não era pensamentos de uma mulher direito, de uma mulher de religiosa de de família. Quis argumentar que éramos marido e mulher e que não havia nada de mais ao querer satisfazer meus desejos. Tudo em vão, além de brigar comigo, ainda não me deu ouvidos.
Durante algum tempo, conformei-me com isso e tentei conter aqueles pensamentos que me inquietavam. Até consegui por algum tempo, todavia aquilo parecia crescer cada vez mais dentro de mim. Para tentar conter meus impulsos, eu me trancava no banheiro e me masturbava.
Nesses instantes de privacidade eu me acariciava com a mangueirinha do chuveiro usando o jato quente de água, outras vezes eu ficava trancada em meu quarto e me acariciava até sentir aquele prazer intenso, gostoso.; e então num estado de puro arroubo, eu ficava deitada até que perdia aquela moleza. E assim eu vivia os meus dias, até que não deu mais.
Não creio que estivesse pedindo nada demais. Estava querendo apenas aquilo que imagino que uma mulher normal iria querer: sentir prazer. Não acho que haja mal algum nisso. Não é por ser esposa que não possamos fazer coisas que certamente mulheres de vida fácil fazem a todo instante. Não vejo mal algum em ir ao motel com ele, querer chupar o pau do meu marido, fazer sexo anal, e realizar tantas outras fantasias. Sei que muitas mulheres fazem isso, sem que percam a identidade e o respeito que sempre tiveram. Ele é meu marido e não estou cometendo nenhum crime! Por que ele não podia entender isso?
Foi uma decisão muito difícil, mas não podendo conter meus impulsos, tive que arrumar um amante.
Como meu marido passava todo o dia fora de casa, não me era complicado sumir por uma ou duas horas de vez em quando. Arrumar um amante também não seria difícil, quando se tem muito dinheiro tudo é mais fácil.
Pude escolher sem pressa o tipo de homem que eu queria. Acabei por escolher um homem de meia idade, alto, não muito musculoso -- na realidade, um ex-cabo do corpo de bombeiros --, cabelos meio grisalhos e pernas grossas. Procurei saber informações sobre sua vida antes de me envolver com ele para que não houvesse complicações. Não queria me envolver com um homem casado, viciado ou cheio de problemas.
Desde o primeiro instante fui bem clara que estava em busca daquilo que meu marido não dava, mas não queria envolvimento sentimental e não desmancharia meu casamento por causa de outro homem. Não quis que Paulo Roberto tivesse alguma esperança. E ele concordou com minhas condições.
Passamos a nos encontrar num quarto de motel. Da primeira vez foi um pouco embaraçoso, pois havia aquele temor de que fossemos descobertos, do desconhecido.; todavia pouco a pouco fui ficando mais tranqüila e então comecei a satisfazer todos os meus desejos.
O mais difícil foi me despir pela primeira vez diante daquele homem desconhecido.; as carícias dele porém facilitaram as coisas. Poucos minutos após nos trancarmos naquele quarto, sentia as mãos e os lábios dele percorrem meu corpo nu.
Eu sentia o sangue vibrar em minhas veias, de minhas entranhas brotava o liquido incolor feito a nascente de um grande rio, um rio de desespero e prazer. E assim comecei a confirmar as minhas suspeitas de que meu marido era um verdadeiro fracasso na cama.
Pela primeira vez senti o sabor daquele objeto bem talhado, cheio de detalhes tal qual as esculturas renascentistas. E então pude sem pressa alguma contemplar, tocar, descobrir onde era mais ou menos sensível, como se agitava a um simples toque, como crescia de volume, e como também soltava um liquido incolor e de sabor exótico. Fiz minha língua e meus lábios percorrer todos os contornos do pênis dele. E foi muito, muito delicioso. Foi como experimentar uma iguaria extremamente rara. Nem mesmo quando ele pediu para eu parar senão ia gozar em minha boca, eu não quis parar. Queria sentir o esperma dele jorrando em meus lábios, escorrendo pela minha face. E assim, não lhe dei ouvidos.
Não senti nem um pouco de repulsa quando o primeiro jato de esperma atingiu o céu da minha boca. Eu afastei e deixei que os seguintes atingissem a parte superior dos lábios e a maçã do rosto no lado esquerdo, quase acertando o meu olho. Foi simplesmente um instante de descontração, engraçado, mas de profundo prazer.
Paulo Roberto parecia não acreditar o que via. Eu por minha vez saboreava aquele mel de sabor exótico sem constrangimento algum. Sei que a narração desses acontecimentos pode até causar desconforto em algumas pessoas, mas em mim só houve prazer, e muito prazer.
Ainda devíamos ter cerca de quarenta minutos e eu nem mesmo havia sentido aquele falo dentro de mim. Estava por demais excitada. Por isso, eu me arrastei para cima dele e com o jogo de quadris, fiz com que a cabeça do pênis dele encontrasse a entrada de meu corpo. E de olhos fechados, em total absorção, eu fui soltando lentamente meu corpo até que não havia mais o que penetrar. Quantas e quantas vezes eu desejei fazer isso, mas meu marido não quis me dar ouvidos! Ah, como ele merecia aquele par de chifres!
Sem pressa, de forma bem lenta, eu comecei a menear os quadris para frente e para trás, numa dança sensual, particular, só minha. E de pouco em pouco fui aumentando o rítmico até que não pude mais conter. Então passei a dançar com rapidez, como se estivesse possuída por um força sobrenatural.
Em pouco tempo fui consumida pelo gozo contido. Gemi e gritei com se estivesse expulsando um demônio de dentro de mim. Então, eu perdi as forças e cai sobre Paulo Roberto.
Ficamos assim por um bom tempo, silenciosos, ouvindo somente o som de minha respiração. Na verdade, eu já estava farta e queria ir para casa. A lembrança de que estava cometendo um ato indigno pesou sobre mim. Não havia pressa, pois eu teria outras tantas oportunidades de realizar minhas fantasias. Por isso, nos vestimos e retornei rapidamente para casa.
|