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Erotico-->Gatinhos -- 26/10/2001 - 10:22 (MIGUEL ANGEL FERNANDEZ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Você está sendo agressivo, Lauro. Eu... eu não engravidei sozinha.
- Não vai me querer tomando conta de tuas menstruações, vai?
- Já entendi. Não precisa ficar nervoso. A gente tira e pronto. Não é?
- Está duvidando?
- Deixa comigo. Eu me viro.
- Deixar com você? Não, eu vou ver isso. Falarei com Lívio. Ele conhece. Que foi, está chorando? Ana, você quer essa criança?
- Não. Não é isso. É que... essa gata e os filhotes mexeram comigo. Já vai passar. O instinto maternal fica mais... você sabe... bobagens assim. As fêmeas se identificam. Devo ter lido nalgum lugar.
-Tá bom. Pega essa toalha e seca os cabelos. Vem cá, deixa te ajudar. Uma graça esse cabelo desarrumado e molhado.
- Fico nada, devo estar parecendo bruxa.
- Mais parece gata molhada.
- Gata molhada e grávida, meu Deus.
- O Lívio vai ajudar a gente.
- Quer que tire o vestido?
- Tira, tira. Está todo molhado.
- E teu tio?
- Ele só entra no quarto se não estou em casa... Não me espantaria saber que ele botou a gata aqui dentro.
(...)
- Deita aí, te cobre.
- Você não vai tirar essas calças molhadas? Tira, vai. E pendura meu sutiã lá. Vem deitar logo para me esquentar. E fecha essa janela. Tranca a porta. Agora vem cá, deixa ver o gatão escondido entre essas pernas. Deixa dar uma lambidela, para abrir o apetite dele. Para crescer e brincar com sua mamãe.
- Não fala de "mamãe", pelo amor de Deus.
Ana sorriu até onde permitia a boca invadida pelo "gato" de Lauro, que foi ficando cada vez mais "assanhado", até lhe pedir para ela se deitar e abrir as pernas.
- Ai, Lauro, será que não faz mal?
- Mal? Para quem?
- A criança... o feto. Sei lá. Faz por trás. Quer?
Queria. Com lentos afagos, Ana lubrificou com saliva o "gato assanhado". Deitou-se de bruços arrebitando o traseiro, as mãos ajudaram a facilitar a invasão. Que não demorou. Lauro, agarrado nas nádegas, introduzia com afago e prazer. Ela balançava o corpo para frente e para trás, o quadril para os lados em movimentos circulares, da maneira como sabia Lauro gostava, e ela também. Aprenderam essas habilidades graças à prática constante, antes de jurar-se apaixonada e resolver perder a virgindade. Conhecera o deleite de gozar pelos dois lados. Lauro dissera tratar-se de uma bênção digna da inveja de todas as mulheres. Adorou. O receio de ele achá-la uma putinha desaparecera para virar orgulho. Ele sabia conquistar uma mulher. E ela aprendera também a conquistar um homem. Que pretendia fazer cinema. E um cinematografista precisava de uma artista para ser sua musa. Que bom. Pena essa gravidez de merda. Perdera pontos com Lauro. Os perdera na cama, pois então os recuperaria nela. Ou num set, se aparecesse um. Ou em Campinas...
Gozaram quase juntos, reprimindo manifestações barulhentas de prazer. Tio Honório podia estar por perto. E estava.

Fragmento de capítulo do romance de Miguel Angel Fernandez "A CENA MUDA"
http://br.geocities.com/mangel_arlt
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