Amo ver nossos corpos unidos e nus
Ao luar, moldando sombras na luz,
Dançando ao som de antiga lira
Que emite o quebrar da onda que se estira,
Para alcançar-me, dos seios, a linha
Irradiando ondas elétricas pela espinha
Que atingem, no íntimo, o campo prazeroso
Onde começa o fértil ventre generoso
Que abriga o côncavo do gozo e da ternura,
Que nos alimenta de energia pura,
Quando famélicos nos amamos sem lei,
Em frenética batalha onde tu és rei,
Que me vence deixando marcas doloridas
Na rubra boca que beijas às mordidas.