Sinto a recordação daqueles dias idos
Em que o fogo ardia em nossas veias,
Em que a lasciva chama das lenhas
Nos fazia mais potentes e desinibidos.
Sinto a lembrança daqueles dias vividos
Em que a juventude era puro mistérios
Em que tudo era jogo e nossos critérios
Eram bem mais simples e descuidados.
Sinto falta daqueles dias de inocência,
Daqueles corpos jovens, cores vivas,
Seios imaturos e em discrepância,
Quadris muitos largos e pernas finas.
Mas nada aguça mais as lembranças
Que o louco folgar de corpos plenos,
Os sussurros ardentes feito crianças
E o deleite intenso de jovens ternos.