Num extremo
Decisivamente mulher
Ao centro somos pessoas
Tal como também
Decisivamente sou homem
No extremo oposto...

Não tenho outra inteligência
E sequer aspiro algo mudar
Ao inexorável princípio todo
Esteja eu bem ou mal
Deseje ou não tornar-me matusalém...

A minha cabeça
Os meus braços
Mãos... Pernas...
O meu corpo inteiro
Tudo é definitamente teu
Desde que me queiras
E eu te queira...

Bonita... Feia...
Bela... Monstruosa...
Sejas o que sejas...
Ninguém me privará de sonhar-te
Porque até a morte
Me pede que intente lograr-te
Sem posse mútua
Antes de me tomar...

Se além do corpo
Meu raciocínio perdurasse
Sentir-me-ia em oásis total
Só por poder adorar-te
Em pensamento...
Permanentemente... Sem tempo...
A contemplar-te.

Torre da Guia