A MENINA DO ÔNIBUS II - Capítulo VII
Chegamos à Ubatuba por volta de meia-noite. Naquela hora, seria difícil encontrar um quarto para passarmos a noite, pois não conhecíamos a cidade e muito menos estávamos dispostos a procurar onde pernoitar. Decidimos ficar namorando na praia até o dia clarear.
Ainda havia algumas pessoas passeando pela orla. Ficamos sentados na beira do calçadão. Ali, naquele lugar distante, não tínhamos a preocupação de sermos reconhecidos por alguém, portanto poderíamos agir com naturalidade.
Ana Carla sentou em meu colo e ali permanecemos por mais de uma hora. Entre uma conversa e outra, juras de amor e beijos que deixariam qualquer passante escandalizado ocorriam as inevitáveis carícias íntimas. Ainda mais que, quanto mais a noite avançava, mais deserta ficava a orla da praia.
Aos poucos, o sono começou a nos incomodar.
-- Vamos caminhar um pouco -- sugeri.
De mãos dadas, fomos andando em silêncio pela areia.
-- Sabe, amor! Eu estava pensando na gente. O que vai ser de nós? -- perguntei.
-- Ah! Não sei! Nunca parei para pensar sobre isso -- respondeu Ana Carla.
Era a primeira vez que falávamos abertamente sobre nosso relacionamento. Eu queria ter tocado no assunto antes, mas não me sentia confortável e ao mesmo tempo temia a reação dela. Mas agora, estávamos tão juntos que arrisquei algumas perguntas.
-- Vocês jovens nunca se preocupam com o dia de amanhã. É isso que me assusta de vez em quando. Essa facilidade com que vocês têm de pensar só no presente.
-- Ah, meu amor! Não seja careta. Eu não vou te trocar por outro. Você me faz muito feliz. Você me deixa louca quando começa a me fazer carícias, quando toca os meus seios, quando aperta e morde eles, quando escorrega a mão por entre minhas pernas... Você me excita tanto! Quando começa a me tocar eu já começo a ficar molhadinha. – Ana Carla, como querendo desviar a minha atenção, perpassou a mão pelos próprios seios e a levou em direção ao meio das pernas.
Percebi suas artimanhas para mudar de assunto. Então, resolvi ir devagar e não forçar a barra naquele momento. Tentaria mais tarde.
-- Hum... Isso está me deixando excitado... -- Ouvir aquelas confissões causava-me grande deleite interior. Ao mesmo tempo em que ficava excitado, sentia meus olhos lacrimejarem e meus pelos enrijecerem.
-- É verdade! Sei que ainda sou jovem, mas o prazer que sinto quando você começa a beijar meu corpo, a penetrar essa coisa dura e grande em mim parece até que vou ter um troço e desmaiar. Você nem pode imaginar o prazer que sinto. É uma coisa que nunca senti em toda a minha vida.
Paramos por alguns instantes, nos abraçamos e nossos lábios se encontraram. Beijamos-nos intensamente movidos por aquelas confissões íntimas.
A praia estava deserta. E, na beira d"água, o som das ondas quebrando parecia nos contagiar de todo. Sem que me apercebesse, meu corpo roçava indecentemente no dela, minhas mãos apalpavam-lhe as nádegas sob a saia.
De repente fui tomado por um desejo intenso. Minhas mãos empurram-lhe a calcinha para baixo até os joelhos. Nem mesmo lembrei de olhar para os lados de não havia alguém por perto.
Ana Carla também agiu de forma impulsiva. Sem constrangimento, ela acabou de retirá-la e a deixou caída entre seus pés. Era a segunda vez que perdia a calcinha em menos de 24 horas.
Abri somente a braguilha da calça. Antes que nossos corpos se encontrassem novamente, levantei-lhe a blusinha e descobri-lhe os seios.
A iluminação era fraca, mas eu podia ver os seus seios brilharem no escuro. “Ah, meus peitinhos lindos!... Só meus...”, pensei enquanto abraçava-a e apertava seu corpo no meu. Usei uma das mãos para segura-la e a outra para espremer o seio e assim causar-lhe mais prazer.
Era como se não existisse nenhuma possibilidade de surgir alguém. Qualquer um que passasse nas proximidades, tiraria conclusões acertadas acerca do que estava se passando. Nós dois, contudo, estávamos por demais ocupados com nos mesmos para pensar nisso.
Mas inesperadamente fomos interrompidos. Uma onda veio com força e nos molhou. Como num reflexo, nos desgrudamos de imediato.
-- Ai, que susto! -- exclamou ela, dando pulinhos para trás.
-- É mesmo! -- concordei, enquanto puxava a bainha da calça e nos afastávamos. -- Caramba! Molhei o sapato e as meias.
-- Eu "tava quase gozando... -- disse ela, enquanto corria atrás da calcinha que fora arrastada pela água.
-- É melhor a gente não fazer isso aqui. Vá que aparece alguém.
-- Mas eu "to morrendo de vontade! -- disse ela, implorando, segurando na mão a calcinha úmida e suja de areia.
-- Então vamos procurar um lugar mais seguro.
-- Vamos para o carro! Lá é mais confortável.
Retornamos.
No carro tirei o sapato e as meias. Em seguida saímos da orla da praia e fomos procurar uma rua mais deserta, apesar de não avistarmos nenhum transeunte naquele horário.
-- Eu preferia uma bela cama agora -- disse ela. – Já pensou a gente agora fazendo amor numa cama bem macia? Você no meio das minhas pernas?
-- Pare de falar isso, que assim não vou conseguir dirigir. De manhã a gente procura uma pousada e aí vamos poder fazer amor até não poder mais -- falei.
Algumas ruas adiante, avistamos uma praça. Estava deserta e pouco iluminada.
-- Vamos parar aqui -- sugeriu Ana Carla.
-- Vamos! Não estou com vontade de ficar rodando por aí com esse tesão todo!
Foi o que fizemos.
Sabia que a chance de sermos incomodados às três horas da manhã seria quase nula. Por isso deitei o banco do passageiro e abaixei as calças. Enquanto desabotoei a camisa, Ana Carla retirou a blusinha e jogou-a no banco traseiro.
Achei muita coragem da parte dela retirar a blusinha, pois ainda não havia me acostumado com suas ousadias. Eu no lugar dela não seria tão ousado assim. Mas ela não se contentou com isso: desabotoou a sai e a atirou para o lado.
-- Você é louca, menina!
-- O que tem? Não vai aparecer ninguém não seu bobo – disse ela, rindo e sentando sobre meus quadris.
Em plena a madrugada, numa cidade que não conhecíamos, dentro de um veículo estacionado numa praça, eu e Ana Carla fizemos amor.
Foi uma experiência fantástica. Foi uma experiência única e intraduzível em palavras. Nem mesmos o cansaço, nem mesmo o lugar desconfortável foram capazes de diminuir o prazer que sentimos.
Houve momentos inesquecíveis em minha vida, mas aquele ficou marcado para sempre em minha memória. Pois foi a primeira noite que passei com minha menina. E a primeira noite de um casal apaixonado é algo que não se esquece jamais.
Após nosso orgasmo, ainda permanecemos unidos por mais algum tempo.
Ana Carla jazeu debruçada sobre mim com os joelhos dobrados, as coxas envolvendo meus quadris e seu sexo cobrindo o meu. Enquanto deixava-a recobrir suas forças, já que ela esta sobre mim e tivera que fazer maior esforço, eu afagava seus cabelos com uma das mãos e alisava suas nádegas com a outra. Vez ou outra, eu sussurrava em seu ouvido: “Eu te amo, minha florzinha selvagem... você é a minha vida...”
Alguns minutos depois, chamei-a para voltarmos à praia e tomarmos um banho. Ela concordou com um meneio de cabeça.
Ficamos na praia até os primeiros raios de sol cobrir nossa pele.
Se ainda não leu, aproveite e leia também o capítulo anterior. A MENINA DO ÔNIBUS II - Capítulo VI
Mas se quiser saber como tudo começou, então clique em: A MENINA DO ÔNIBUS
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