Muitos a consideram feia e deformada,
Outros um ultraje olha-la arreganhada.;
Mas na verdade não há homem algum
Que não se embriaga desse acre rum.
Ah, vulva molhada, vulva ardente,
Vulva descarada, vulva indecente!
Teus beijos são úmidos e delicados
E fazem dos homens cães amestrados
Tua feiúra não passa de uma armação
Para conduzir os homens à perdição,
Para fazer do sexo forte, assustador e viril
Um animalzinho manso, indefeso e dócil.
Ah, vulva inteligente, vulva ardilosa
Tua investida é certeira, é milagrosa.;
E nada no mundo é capaz de conseguir
O que consegues quando se põe a sorrir.
