Sinto uma alegria e me embeveço
Quando nos meus braços ele entrega
Seu corpo frio que prontamente aqueço
Com o meu que é vinho da melhor adega.;
Que escorre pela garganta molhada,
Eletriza e torna o sangue palpitante,
E os vapores deixam a imagem turvada
Acontecendo a posse num beijo sufocante.
Depois, feliz, fico como que entorpecida,
Olho o teto e vejo, do arco-íris, as cores,
Sinto o seu perfume que me faz convencida
Que este homem é o meu jardim de flores.;
Onde me embriago com sua ambrosia
Feita do mel de eterno polinizador
Que dá força e faz nascer a poesia
Quando me prendem os laços do seu amor.