O mesmo brilho nos olhos, a mesma ruga perpassando a testa, a tez - moreníssima - em contraste com lábios carmesins, úmidos e sensuais.
Ahhh...
A doce lembrança dos beijos furtivos deixa-me a pele arrepiada...
Naquele dia de chuva a casa recolhida entre a névoa armava cenário perfeito para nossa doce aventura.
Tim Maia fazia trilha, daquele primeiro beijo - “deixa o sentimento decidir, não dá mais pra segurar...” –
que se repetia mais tarde, em todos os sabores, e em cenários diversos.
Num dia qualquer, quase madrugada, a relva fresca saudava-nos... Passarinhos insones, com espanto, olhavam, mudos, nosso passeio audaz: duas crianças em aventura feliz inebriadas pelo cheiro do mato selvagem... Fomos ter a uma capelinha que tinha por moldura uma palmeira imperial.
Creio que o paraíso, do jeito que contam, não podia ser igual...
Saudades... Quisera que o acaso fizesse um “reply” e nos encontrássemos eternamente no paraíso.