O beijo veio ardendo na boca.Atiçando o corpo a tirar a roupa.As mãos logo descobriram os seios, a carne tremula e quente aquecia, enquanto as roupas se perdiam em qualquer lugar do chão.
Sentia o teu coração, sentia a tua respiração e o calor, que nos envolvia escrevia na pele o suor, que descia em várias direções.
Entre a gula e a fome você pôs-se sobre mim e sem obedecer os ritos, me tomou a força,querendo, querendo sentir a dor.
Dor que calou, quando o prazer aos poucos vinha se manifestando.
O teu gemido dizia meu nome, as tuas unhas tatuavam a minha pele e juntos falavamos em várias línguas.
A boca,
O beijo,
O corpo e o gozo firmaram sensações, que nos faziam delirar sem estarmos doentes.
Era uma febre, uma loucura...selvageria humana, que me levou de ponta a cabeça sentir o teu gosto salgado.
Por um instante o mundo se perdeu.O mundo, em seu limite fora você e eu.
Nus no meio do silêncio acusados de pecado, Acusados, por não dividir, tão pouco pertencer a realidade da hipocresia.