" Uma enorme aranha passeia pelo meu corpo,
o que será que ela quer alcançar?
O que ela tem a oferecer não é muito pouco.;
oito braços para me abraçar.
Essa aranha felpuda desfila
seu negro veludo na minha pele branca.
Sua maior façanha é o veneno que destila
na minha boca que ri, chora e até canta.
Lá vai ela por baixo da minha roupa
sem pedir licença, muito menos permissão.
Quando fica entre o roçar das minhas coxas
me faz rebolar de tanta excitação.
O medo me excita tanto...
medo de gostar e se tornar fobia.
Ah, fobia maior é ficar sozinha
num desperdício que agora alguém se delicia.
Quando finalmente as aranhas se encontram
não sei se é troca de carícias ou se é briga.
Só sei que gosto tanto do que me assanha
que rebolo feito lagartixa...
lagartixa que come aranha."