Domingo chuvoso. Alfredo se sentiu um velho: não conseguiu dormir além das sete horas da manhã. Pensou em pegar o carro e ir até alguma cidade vizinha, fazer algo diferente, comer em qualquer lugar, entrar num shopping e voltar para casa bem tarde, cansando e com sono.
A chuva mansa caia como se estivesse convencida que eterna, que teria todo o tempo do universo para inundar ruas, casas, cidades.
Nesses dias batia a solidão e Alfredo se sentia prisioneiro da sua liberdade. As mulheres passavam por ele durante a semana e desapareciam no sábado. Festas, namorados, maridos, família, alguém sempre esvaziava seus finais de semana.
Não fazia questão de ter companhia nos finais de semana, mas nos dias chuvosos, principalmente se o dia era domingo, a palavra, o carinho, a voz de uma mulher, ajudava a navegar por aquele lapso, sem naufragar no mar encrespado da solidão.
Preparou um café forte e pensou em ligar para Patty ou Diana. Desistiu na hora: não queria encontrar-se nem escutar a voz de Pierre.
Pensou em Cristiane, um pouco esquecida no seu cotidiano. Ligou. Ela atendeu com voz adormecida. Reclamou que era muito cedo para ligar, falou que tinha deitado muito tarde. Alfredo propôs que ela viesse até o seu apartamento. Ela não aceitou, falou que tinha um compromisso para o almoço e outras coisas para fazer na parte da tarde. Percebeu que ela estava tentando escapar dele.
Depois ligou para outras conhecidas. Todas estavam ocupadas ou não queriam sair de casa nem receber ninguém. Restaram somente Diana e Patty. Resolveu ligar para Patty. Ligou para o celular. Ela atendeu. Depois das banalidades de sempre, convidou-a para um passeio até as cidades vizinhas. Ela aceitou.
Pouco mais de duas horas depois, estavam rodando por uma estrada secundária.
A chuva, mansa e persistente, continuava caindo. Quando entraram na primeira cidade, perceberam que não ia ser fácil encontrar o que fazer. Estava tudo fechado. Por fim encontraram uma mulher, caminhando com passo cansado. Perguntaram onde poderiam almoçar. Ela falou que o único restaurante aberto, ficava lá na ponta do morro. Para lá foram, rindo da situação.
Era um restaurante aconchegante. Ocuparam uma mesa que brindava uma imagem maravilhosa da pequena cidade, pacatamente instalada no meio de verde-escuros morros.
O almoço, regado a vinho tinto, foi delicioso. Patty, a medida que bebia, ia liberando sua alegria. Ria e falava sem parar.
Depois da sobremesa beberam licor caseiro de morangos e tomaram dois “capuccinos”. Quando perceberam que estavam praticamente sozinhos no restaurante, resolveram pedir a conta e sair.
No caminho de retorno, Alfredo propôs pararem numa pousada que ele conhecia. Patty riu e comentou que, como sempre, ele estava com más intenções.
___ Só quero que você conheça o lugar, é muito bonito – defendeu- se Alfredo.
Porém, apenas chegaram na pousada, ele pediu um chalé e perguntou se poderiam levar uma garrafa de vinho tinto.
___ Só temos nacional – falou o recepcionista.
___ Serve – respondeu Alfredo.
Quando chegaram ao chalé, que era realmente aconchegante, Patty falou que não poderia ficar, pois no dia seguinte, muito cedo, ela tinha um compromisso muito importante.
___ Não vamos ficar – falou Alfredo -. Só vamos descansar um pouco, deixar baixar o vinho e continuar o nosso caminho.
O chalé tinha uma pequena sacada que dava para uma vegetação bem fechada e bonita. O homem abriu a garrafa de vinho e convidou Patty para beber na sacada.
Deitaram nas espreguiçadeiras e ficaram bebendo, sem falar. Cada um concentrado nos seus pensamentos. A garota rompeu o silencio:
___ Vou sair da casa deles.
Alfredo entendeu que ela se referia a Pierre e Diana.
___ Algum problema?
___ Muitos! O clima está meio pesado por lá. Aquele garoto está bebendo demais, não tem controle e, eu acho, está misturando alguma droga... O outro dia ele bateu forte, até marcou o rosto da Diana. Sabe?: ele morre de ciúmes de você. Ele está desconfiado que Diana e você se encontram... Isso acontece?
___ Diana ama aquele maluco – respondeu, sem responder, Alfredo.
___ Eu sei, mas não foi isso que perguntei – reclamou Patty.
___ O quê você vai fazer? – perguntou Alfredo evitando a pergunta da garota.
___ Vou compartir um apartamento com duas meninas da faculdade. Falta só um ano para eu terminar o curso. Depois, talvez, volte para minha cidade.
___ Você gosta muito da Diana, não é?
___ Muito mais do que você imagina!
Não falaram mais. Continuaram bebendo e olhando para o verde que parecia isolá-los do mundo. Alfredo percebeu que uma lágrima solitária escapava do olho direito da garota. Abriu os braços chamando-a para um abraço. Ela, sem ocultar o choro, buscou o aconchego dos braços masculinos, deitando por cima dele e fazendo a espreguiçadeira gemer. Ficaram assim por longos minutos, abraçados, enquanto Patty chorava silenciosamente. Depois de um tempo ela reclamou que estava com frio. Entraram. Alfredo deitou-a na cama e, com calculada lentidão, deixou-a nua. Ela levantou a colcha e o lençol e se meteu na cama.
Alfredo beijou-a levemente nos lábios e foi até o banheiro. Patty pode escutar o barulho do jato, que batia na água do vaso sanitário.
Quando ele voltou já estava nu. Deitou e Patty virou de costas para ele. Alfredo chegou bem pertinho dela, passou uma mão por detrás da nuca, servindo de apoio para a face dela. Essa mão pegou o seio esquerdo da garota, enquanto a outra tomava conta da sua barriga.
Patty sentiu o membro dele, firmemente apoiado nas suas nádegas. A boca masculina trabalhou na sua nuca com muito carinho, brincou no seu pescoço, deteve-se na sua orelha. Ele estava sendo extremamente carinhoso, afastando aquela nuvem preta de tristeza que flutuava sobre seu pensamento. Pouco a pouco ela começou a render-se às carícias de Alfredo.
A mão dele desceu até o sexo delicado de Patty. Separou com todo cuidado os lábios e tocou de leve no seu ponto mais sensível. Ela se estremeceu. Adorava aquele toque sutil, delicado.
Quando ele percebeu que o sexo dela já estava úmido e receptivo, afundou devagar um dedo. Ela gemeu e apertou-se contra ele. O membro tinha crescido e estava mais duro, avançava decidido entre as pernas femininas, buscando seu refúgio.
Alfredo demorou-se nas preliminares. Beijava e mordia a nuca, o pescoço, a orelha.; mexia no seio, no bico durinho, no sexo úmido. Passava as mãos pela pele macia da garota, procurando novos pontos, novos caminhos para o prazer.
Patty, olhos fechados, abandonou-se ao carinho do homem. Seu corpo começava lentamente a desejar tudo aquilo que ele queria. Estava pronta, receptiva, desejando o homem dentro dela.
Mas ele se demorava, alargava aqueles instantes até que ela já não agüentava mais.
Já impaciente, Patty levantou uma das pernas e pegou firme no membro de Alfredo. Acomodou na entrada do sexo e mexeu devagar, para atrás. Ele recuou um pouco e não permitiu a penetração: afundou um dedo no sexo dela, arrancando um gemido mais prolongado.
___ Vem... – falou ela, acomodando de novo aquele falo na porta do seu sexo.- Vem...
Ele penetrou um pouco e começou a brincar, introduzindo alguns centímetros e retirando imediatamente, provocando uma certa ansiedade na garota.
___ Mete! – insistiu ela –. Eu quero, eu quero...
Ele permaneceu estático no seu lugar, o membro duro e pronto para perfurar o desejo daquela garota. Ela empurrou devagar, mexendo o bumbum para trás, em direção daquele falo duro e grosso, sentindo como ele invadia lentamente sua vulva. Já estava tudo dentro. Alfredo, sem descuidar dos beijos na nunca e do carinho no clitóris, começou a mexer-se devagar, demorando-se para penetrar e demorando mais para tirar. Ficaram assim por muito tempo, até que Patty sentiu que o trabalho de Alfredo estava proporcionando-lhe o primeiro orgasmo do dia. Ela gemeu baixinho e ele soube que ela estava gozando, porque se apertou toda contra ele.
Então ele tirou de vez o membro e pincelou entre as nádegas de Patty, preparando-a para o sexo anal. Ela gemia baixinho, falava algo que ele não entendia nem queria entender. Quando acreditou que ela estava pronta, procurou a apertada entrada e foi penetrando com muita paciência, parando quando percebia que ela sentia dor.
Patty sentiu os pêlos dele encostados nas suas nádegas e soube que estava tudo dentro. Preparou-se para as loucas e profundas enterradas do homem, revelando seu lado mais animal.
Contrariando suas expectativas, Alfredo começou a mexer-se devagar, tirando e botando com muita delicadeza, mexendo no sexo dela, apertando-a contra ele, cada vez que afundava naquele espaço apertado.
___ Vou passar toda a tarde assim – sussurrou no ouvido dela -. Toda a tarde entrando e saindo, até você desmaiar!
___ Não vou agüentar, eu só muito pequena e esse negócio é muito grande!
___ Cabe certinho no teu rabinho, garota!
___ Está me alargando!- gemeu ela, sentindo como entrava até o fundo.
___ Sente como ele entra!- falou Alfredo, como se adivinhasse seus pensamentos.
___ Sinto, sinto cada centímetro!
Ela já estava desejando que ele aumentasse o ritmo, mas Alfredo parecia concentrado naquele vaivém rítmico e lento. Em determinado momento, Alfredo tomou-a pela cintura e começou um movimento mais enérgico e rápido. Ela percebeu que ele queria gozar e começou a acariciar-se, para gozar junto. Alfredo foi aumentando a força, a velocidade e a intensidade da penetração. Começou a gritar coisas no ouvido de Patty, pedindo para ela abrir-se mais, para ela receber tudo dentro, gemendo forte e empurrando com mais força. Gozou emitindo um som rouco e úmido. Patty aumentou a pressão sobe seu clitóris e sentiu que orgasmo nascia do mais profundo de seu ser, derrubando-a num mar de puro prazer. Gozaram quase ao mesmo tempo.