Num quarto romântico e sorridente,
Uma cama amiga me mostrava,
No meio da penumbra conivente,
A bela mulher que ali deitava.
Nua, envolvida na seda ciumenta,
Abraçada num travesseiro galante,
Sua pele branca, o escuro salienta,
A imensa sensualidade da amante.
O escuro me convidou a me deitar,
Naquele leito excitado de amor,
Para aquela deliciosa diva eu amar,
Num ambiente sensual e de calor.
Nossos olhos no escuro copulavam,
Com dedos fálicos se acariciando,
Nas carícias volúveis se amavam,
E nossas bocas loucas se beijando.
Nos gemidos excitados e nervosos,
Nas águas dos prazeres galopantes,
Flutuavam nossos gozos escandalosos,
As volúpias do amor eram habitantes.
A mulher na seda, amada e desfalecida,
Ao lado a felicidade se fez companheira,
Depois do amor descansa adormecida,
Na noite erótica que lhe amou inteira.