Saciada levanta a cabeça,
Rosto besuntado de pomadas,
Senta na cama a velha travessa,
Depois de horas de garibadas.
Estica o tronco, arqueia as omoplatas,
Risos sarcásticos da boca lhe saem.;
As tetas são duas pelancas que caem,
Como folhas em superfícies chatas.
Na penumbra dorme a gosto,
Depois de homérica carraspana
O malandro, filho de bacana,
Para quem mulher é tira-gosto.
Revirou o corpo nu nos lençóis
Procurando a quente garupa,
Sentiu cinco dedos como anzóis
Vincando seu peito sem culpa.
Despertou, finalmente, o cara-de-pau,
Olhando para quem pensava ser Vênus,
Sentiu um asco que lhe refletiu no ânus
Gritando: - Mãeee, onde botei o meu bilau!