Sedenta de tua boca
deixo-me levar pelas águas,
como a um rio caudaloso
que sai carregando para si,
lava minhas mágoas
porém, deixa-me aqui,
à espera de teu beijo amoroso
onde afogo-me feito louca...
Sempre a correr
tal qual o vento,
vou a teu encalço
te buscando pelo mundo
e a todo mal afugento,
refugo o que é falso
pois, busco um só momento
onde todo meu prazer
calará fundo...
No fogo que abrasa
e, queima intermitente,
neste amor que em mim clama
à espera da tua chama
que agora arrasa
e se faz brasa,
aqui, em minha cama...