Oh filha, que grande alegria,
Tem tua mãe neste dia!
Já foste Ave Abatida,
Depois Ave Batida,
Agora és Ave da Tida.
Depois dessa ressurreição,
À custa de cana e de limão,
Alegras-me o coração,
Pois geras lascivos pensamentos,
Em cabeças, a todos os momentos.
Ainda sob os vapores da “batida”,
E, em furiosa arremetida,
Libertas um “pássaro da gaiola”
De prazer o coitado esfolas
Entre as tuas penas macias.
És insaciável, para quem já foi falecida,
Se o pássaro tomba, tu acaricias
A cabeça para que se erga,
Como um galho que não verga,
Para, nele, sentir os prazeres da vida,
Pois, na luta da Batida com a Tida
Vences tu, filha da Hilda.
26/08/03.
(resposta à glosa de amigos
sobre a poesia “Ave Abatida”
publicada no site POESIA VIVA POESIA)