Da minha janela
Vejo ela...
Abraçada na seda
E nua...
Percebendo meu olhar
Que vem da rua,
Arrepia-se toda concordando,
Despida na cama se espojando.
Exibe-se libidinosa,
Desperta-Me,
Para meu voyeurismo
Indiscreto...
E Goza esse prazer
Indescritível.
O calor despertando
Meu desejo,
Amando com o olhar...
Te mando beijo,
E o sal do meu suor
Molha teus lábios.
A umidade do teu arfar,
Atiça teus seios
Para mim,
Decalcando com os bicos
Teu cetim.
Fitando minha janela
E me olhando,
Sentindo meu prazer,
E concordando...
Desarmada e solícita,
Não pode recuar.
De longe sou teu companheiro,
Meus olhos te possui inteira,
Sinto tuas coxas me apertando,
E ouço teus gemidos de prazer.
Solitário... Sinto-te em mim.
Solitária... Sente minha força,
Ambos ocupando os braços,
Numa posse mutua e delirante,
Se comendo com os olhos,
Num gozo prazeroso e distante.