Todo dia te descubro
Como uma terra estranha,
Exploro-te e desvendo
Os teus mistérios.
Com os olhos da minha mão
E a voz do meu coração,
Percorro os teus caminhos,
E aceito teus critérios.
Quando o escuro grita,
O silêncio me chama,
O vento parceiro agita,
E faz dançar a cortina,
Todo o cenário combina,
O erotismo se anima,
E o arrepio invade a cama.
A seda cantando a magia,
Minhas mãos exploradoras,
Teus pêlos, teus calafrios,
São caminhos iluminados,
Conduzindo-me ao teu prazer,
Que me espera acordado.
Um terremoto abala a ilha,
O teu dragão se liberta,
E o teu fogo vai gozando,
Queimando-me ele me desperta.
Mostrando-me as novas trilhas,
Nossos gemidos conversando,
Depois de perder os sentidos,
Calam-se, vão se acalmando.
Nos gozos acumulados,
Quando penso que conquisto,
Só para ti eu existo,
É sou sempre conquistado.